Novamente voltamos a expressar toda a indignação com a imprensa de cu é rola, representada neste momento por Alexandre Garcia, que apresentou brilhantemente no Bom Dia Brasil a "única" opção para o desfalque do fim da CPMF: "entregar as empresas para a iniciativa privada" (sic)
O IMI convida o caro leitor a fazer uma analogia com o caso de empresas estatais e a opinião do supracitado.
Tomamos como exemplo o ícone representativo do sucesso de uma privatização: as empresas de telefonia.
Esta não poderia ser tão boa quanto é hoje com uma administração pública de QUALIDADE?
Seria realmente ruim para o Brasil a contratação de grandes profissionais para revitalizarem a empresa?
Você chamaria uma atitude destas de inchaço da máquina pública?
Vamos fazer uma análise paralela supondo que sua familia tenha uma empresa.
Esta empresa não está dando lucros, porém é de seu conhecimento que ela tem potencial e o motivo do mau desempenho é proveniente de má administração.
Você sabe que ali tem uma mina de ouro mal explorada.
Você tem recursos para investir nesta empresa, mesmo que sejam provenientes de financiamentos.
A pergunta é:
O que você faz com esta empresa?
O IMI vai oferecer ao caro leitor 2 (duas) alternativas que provavelmente encontrarão o sucesso como fim, porém os meios revelam alguma coisa sobre a sua própria natureza como dono da empresa:
1 - Você pega a sua empresa e a vende para alguém que saiba administrar e vai ganhar muito dinheiro com ela?
Consequências:
- Há de se apresentar as contas para o restante da familia, contas que podem ser forjadas e alguém pode receber mais em detrimento de outro membro familiar.
- O responsável pela administração da empresa (dono), mostra-se um incompetente ou um preguiçoso por fazer o mais óbvio e fácil.
- As pessoas olharão a empresa no futuro e dirão: "realmente foi bom que a venderam" e tomarão como base para qualquer outra empresa em dificuldade, desprezando a alternativa número 2.
- O dinheiro da venda um dia vai acabar
2 - Você contrata bons administradores e funcionários para revitalizar a empresa e passar a gerar bons frutos pra você e pra sua familia?
Consequências:
- As pessoas dirão que você está inflando as contas, que não deve fazer isso porque tem que cortar o gasto pra sobrar dinheiro.
- Você deverá apostar em si mesmo e em pessoas competentes pra recuperar a empresa contra todos que dizem que a melhor solução é a simples venda apoiando-se em decisões antigas que deram certo no passado.
- As pessoas olharão a empresa no futuro e dirão que a sua administração foi boa, mas não lembrarão dos esforços, das dívidas que você teve que contrair e das pessoas que você contratou e provavelmente não tomarão como base para outra empresa em dificuldade.
- Se tudo correr bem você colherá os frutos de um bom trabalho pro resto da vida.
Nosso objetivo é deixar claro que SIM, existem opções além da simples e humilde privatização de todas empresas do mundo, ao contrário do que dizem os oráculos da imprensa brasileira.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Operação Plástica para Miriam Leitão
Muitas discussões são cabíveis à respeito da prorrogação da CPMF, na câmara dos deputados e no Senado a divisão é a mais óbvia possivel: base governista a favor e oposição contra, esta mesmo, a própria criadora da contribuição que deveria ser provisória e perpetuou-se até o final do mandato original e o seguinte até hoje.
O governo diz que haverá um rombo nas contas públicas caso a contribuição seja extinta, teme pela diminuição de reservas, aumento de inflação e do risco país, enquanto a oposição, que concorda com a posição sobre as consequências, quer nem saber e acha que o governo tem que se virar "cortando gastos".
Não se sabe o que a oposição quer dizer com "cortar gastos", em um tempo não muito distante isso queria dizer "livrar-se" da administração do patrimônio público. Os políticos menos reacionários acham um absurdo a festa das privatizações que foram feitas neste tempo, mas talvez estes mesmos políticos poderiam atentar para a simples falta de competência administrativa da época, o que não justificaria o fato, mas tornaria compreensível, considerando a possível ausência da matéria Administração de Empresas no item "graduação" do currículo do doutor presidente da época.
Particularmente acho que a CPMF não só deveria se prorrogar como passar a ser vitalícia, ao menos até uma reforma tributária decente, é o melhor imposto já criado, o único blindado contra qualquer tipo de sonegação e cobrado proporcionalmente de quem tem dinheiro de verdade, lembrando que pobre não tem conta corrente. Alguns podem dizer que o imposto chega ao pobre de maneira indireta, mas se considerarmos o valor da cesta básica desde que o imposto foi criado até hoje, este argumento se tornaria falho.
A única coisa que eu não fui capaz de compreender foi o comentário da jornalista Miriam Leitão, dizendo que quanto mais o governo arrecada, mais ele gasta.
Tenho algumas dúvidas a respeito desta jornalista:
1 - Será que a Miriam acha que o Estado é igual a uma empresa e tem que ter lucro?
2 - Será que a Miriam acha que o Estado tem que guardar dinheiro na poupança pra quando ficar velhinho?
3 - Será que a Miriam acha que o Estado deveria guardar dinheiro pra pagar umas 12 operações plásticas pra ela conseguir ficar feia? (Porque pra ficar bonita, só se nascesse de novo)
O governo diz que haverá um rombo nas contas públicas caso a contribuição seja extinta, teme pela diminuição de reservas, aumento de inflação e do risco país, enquanto a oposição, que concorda com a posição sobre as consequências, quer nem saber e acha que o governo tem que se virar "cortando gastos".
Não se sabe o que a oposição quer dizer com "cortar gastos", em um tempo não muito distante isso queria dizer "livrar-se" da administração do patrimônio público. Os políticos menos reacionários acham um absurdo a festa das privatizações que foram feitas neste tempo, mas talvez estes mesmos políticos poderiam atentar para a simples falta de competência administrativa da época, o que não justificaria o fato, mas tornaria compreensível, considerando a possível ausência da matéria Administração de Empresas no item "graduação" do currículo do doutor presidente da época.
Particularmente acho que a CPMF não só deveria se prorrogar como passar a ser vitalícia, ao menos até uma reforma tributária decente, é o melhor imposto já criado, o único blindado contra qualquer tipo de sonegação e cobrado proporcionalmente de quem tem dinheiro de verdade, lembrando que pobre não tem conta corrente. Alguns podem dizer que o imposto chega ao pobre de maneira indireta, mas se considerarmos o valor da cesta básica desde que o imposto foi criado até hoje, este argumento se tornaria falho.
A única coisa que eu não fui capaz de compreender foi o comentário da jornalista Miriam Leitão, dizendo que quanto mais o governo arrecada, mais ele gasta.
Tenho algumas dúvidas a respeito desta jornalista:
1 - Será que a Miriam acha que o Estado é igual a uma empresa e tem que ter lucro?
2 - Será que a Miriam acha que o Estado tem que guardar dinheiro na poupança pra quando ficar velhinho?
3 - Será que a Miriam acha que o Estado deveria guardar dinheiro pra pagar umas 12 operações plásticas pra ela conseguir ficar feia? (Porque pra ficar bonita, só se nascesse de novo)
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Rico Também é Gente, Gente!
No dia 7 de Setembro, às 17 horas:
Estenda na janela uma bandeira, uma toalha, um pano qualquer.
Bata panelas!
Toque cornetas!
Se você estiver no carro, buzine!
Promova desfiles, passeatas!
Estenda na janela uma bandeira, uma toalha, um pano qualquer.
Bata panelas!
Toque cornetas!
Se você estiver no carro, buzine!
Promova desfiles, passeatas!
Essa convocação aí em cima saiu truncada. Eis a original. Sorry.
MOVIMENTO PATRIÓTICO PELA VOLTA DA ELITE BRANCA AO PODER.
(poder que ocupamos de 1500 a 2001, portanto nosso por direito a 501 anos)
No dia 7 de Setembro, às 17h, estenda na janela uma bandeira, uma toalha, um pano qualquer. Se você mora em apartamento e acima do quarto andar, atire-se pela janela em sinal de protesto gritando "Abaixo o governo corrupto do PT e seu presidente nordestino e analfabeto que está empobrecendo a classe média trabalhadora". A frase completa é só para quem mora acima do vigésimo andar. Andares mais baixos grite apenas "Fora Lula". Fale o mais rápidamente possível. É importante completar a frase.
Bata panelas! Caso não tenha panelas em casa bata em sua mãe ou em seu pai. Na falta de ambos, bata em sua mulher ou em seus filhos ou, em último caso, em seu cachorro. Gritando a frase completa acima.
Toque cornetas! Se não tiver corneta em casa, toque uma punheta para o porteiro do seu prédio ou para o seu mordomo ou para o seu segurança particular. Sempre gritando a frase completa acima.
Se você estiver no carro, buzine! Se não estiver no carro, invada um onibus, tire o pau do cobrador pra fora e pague uma touca. Grite a frase completa acima só depois que terminar. Falar com a boca cheia, além de feio é coisa de comunista.
Promova desfiles, passeatas! Caso não tenha tempo hábil para organizar o desfile ou a passeata, bote a sua bunda na janela com uma vela verde e amarela introduzida no fiofó e grite repetidamente a frase completa acima para a multidão que irá juntar na rua.
Todo esforço é válido e bem-vindo na luta pela liberdade de ser rico em paz e sem falsos pudores.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
A Justiça é cega
Tá tudo certinho, é isso aí. Tá achando o quê? Levou tiro de promotor e tá reclamando? Tem que ficar quietinho, não tem beca, então não chora, trata de trabalhar em dobro prá pagar o salário do assassino. Ele pode ser assassino, ele é promotor, ele pode matar, ferir e continuar recebendo o salário que você paga. Ele pode, voce não. Voce é um cidadaão de segunda classe, não é promotor, nem juiz, nem deputado. Se você fosse, aí sim, poderia matar, roubar, prostituir, traficar, etc. E tem mais, se continuar reclamando, o processo vira contra você, assassinado vira assassino e assassino vira vítima e ainda recebe indenização, e quem paga? Você. Quem mandou não ter beca. Héin???
Por 16 votos a 15, MP-SP mantém promotor Schoedl no cargo
Rosanne D'Agostino
O Órgão Especial do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) decidiu, por 16 votos a 15, manter a decisão do Conselho Superior da instituição que já havia garantido, em março, o vitaliciamento do promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar um rapaz e ferir outro na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo.
Com a decisão, que revoltou os familiares, ele mantém o cargo e o salário de promotor substituto e terá direito a foro privilegiado, não sendo levado a júri popular em Bertioga pelo crime.
O advogado de Schoedl, Ovídio Rocha Barros Sandoval, afirmou que o promotor comemorou a decisão "como se fosse uma parada". "Não se poderia jamais, em um processo administrativo, examinar questões criminais. Seria um absurdo", defendeu. Segundo ele, Thales volta a trabalhar em breve.
O outro defensor, Rodrigo Marzagão, voltou a afirmar que seu cliente agiu em legítima defesa. "Esperamos que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça entenda desta maneira."
Indignação
Minutos após o término da sessão, os parentes foram chamados até o 9º andar do MP-SP, onde ocorria o julgamento, para serem informados do resultado. De volta ao térreo, não agüentaram o choro.
"Para o Ministério Público, vale tudo. Pena que não vim com nariz de palhaço", disse a mãe do jovem assassinado, Sônia Modanez, aos prantos junto do marido, Fábio.
"Legítima defesa com 12 tiros?", questionou a mãe de Diego. "Armação de novo? Que nem o último?" completou o pai do jovem. "Quem votou a favor dele vai mostrar para a imprensa porque votou?"
Até o advogado das famílias demonstrou revolta aos jornalistas: "Isso dói em mim, já está selado, é difícil de reverter", afirmou Pedro Lazarini. "O caso emociona porque estamos lutando contra uma Leviatã, um Estado escondido."
O advogado afirma que pretende transformar a denúncia feita à OEA (Organização dos Estados Americanos) em uma representação. "Me sinto impotente. Um caso julgado a portas fechadas é inaceitável", argumentou.
“Cada qual vota com a convicção que tem. Eu não acredito que houve Justiça, eu votei pela expulsão, estou profundamente decepcionado”, afirmou o procurador José Roberto Garcia Duran, que presidiu a sessão. “É uma situação desagradável para o MP. Causa desgaste”, admitiu.
Falhas
No último dia 15, uma falha administrativa fez com que o Órgão Especial adiasse o julgamento. Segundo o procurador José Roberto Garcia Duran, que presidiria a sessão, o julgamento não pôde ser realizado porque não foram entregues aos procuradores peças do processo que contém novas alegações.
No dia 20 de março deste ano, por maioria de votos, ficou decidido que o promotor não perderia a vitaliciedade, ou seja, sua permanência vitalícia no cargo de promotor, concedida a partir do segundo ano de exercício. Quando o crime ocorreu, Schoedl exercia a função de promotor de Justiça substituto, em Iguape (litoral de São Paulo), havia um ano e três meses.
No Conselho Superior, de um total de nove votos, cinco foram pelo não-vitaliciamento. Mas como é preciso a maioria absoluta dos membros do Conselho para efetivar a expulsão, a proposta foi rejeitada nos termos do parágrafo 2º, do artigo 130, da Lei Orgânica do MP-SP.
Schoedl chegou a ser exonerado, em agosto de 2005, mas conseguiu recuperar o cargo no Tribunal de Justiça de São Paulo e, posteriormente, no Órgão Especial do TJ-SP, que anulou decisão do Conselho Superior. Isso porque um dos votantes do conselho estaria impedido. O promotor também voltou a receber os salários e vantagens, mas sem exercer funções. Com a decisão, Schoedl passaria por outro processo administrativo no MP, que acontece agora.
Crime
Schoedl é acusado de matar a tiros Diego Mendes Modanez, 20 anos, e de ter ferido Felipe Siqueira Cunha de Souza, 21 anos, durante uma discussão, no dia 30 de dezembro de 2004, na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no litoral norte de São Paulo.
Na saída de um luau, as vítimas teriam mexido com a namorada de Schoedl. O promotor afirmou que foi cercado após uma discussão e que teria disparado contra o chão com o objetivo de dispersar os rapazes, que teriam imaginado que as balas eram de festim. Acuado, ele atirou na direção dos jovens. Preso logo depois do crime, o promotor alegou legítima defesa.
Diego Mendes, que era jogador de basquete, morreu. Felipe, hoje com 23 anos, foi internado em estado grave na época, mas passa bem. Ele vive com uma bala alojada no fígado. O promotor teria disparado um total de 12 tiros.
Quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Engavetado
O Conselho de Ética da Assembléia Legislativa de São Paulo arquivou por unanimidade o processo destinado a investigar o envolvimento do deputado Mauro Bragato em irregularidades na CDHU, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Bragato é tucano, como a maioria na Assembléia. Surpreende a adesão dos opositores. Parece que estão a se enfronhar nas tucanagens. E eu, pronto a acreditar, até hoje, que só os tucanos são varões de Plutarco...
Informado por: http://blogdomino.blig.ig.com.br/
Eis a diferença entre outrora e agora.
Eis a diferença entre o sudeste e o "restoeste".
Eis o prazer de ser paulista, a nostalgia, lembranças do tempo em que o tapete parecia limpo à opinião pública, a parte de cima dele.
Sorte que há uma outra sujeira, esta por cima do tapete, sendo julgada pelo Supremo neste momento, assim ninguém percebe a nossa.
Sorte que um avião caiu, assim ninguém lembra do buraco do metrô.
Informado por: http://blogdomino.blig.ig.com.br/
Eis a diferença entre outrora e agora.
Eis a diferença entre o sudeste e o "restoeste".
Eis o prazer de ser paulista, a nostalgia, lembranças do tempo em que o tapete parecia limpo à opinião pública, a parte de cima dele.
Sorte que há uma outra sujeira, esta por cima do tapete, sendo julgada pelo Supremo neste momento, assim ninguém percebe a nossa.
Sorte que um avião caiu, assim ninguém lembra do buraco do metrô.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Afinando a Arte de Cansar.
O designer e gênio da raça Andy Varsol apresentou ontem em Nova York um protótipo de sua mais recente criação, o "Passeio Tranquilis" (foto), criado especialmente para o movimento "Cansei".
O "Cansei" é um movimento popular surgido em Buenos Aires, capital do Brazil, país da América Equatorial, conhecido pela enorme desigualdade social, pela injusta distribuição da renda e pela ridícula campanha na Copa da Alemanha.
Andy criou o "passeio tranquilis" exatamente para atender a um pedido da liderança do movimento, que não conseguia realizar nenhuma de suas passeatas programadas, pois seus militantes encontravam-se tomados por um imenso cansaço que os impedia de participar das manifestações.
"Nossos problemas acabaram", declarou Resina Lima Duarte, uma das líderes do movimento. "Agora nossa passeata finalmente sai! Já encomendamos 1200 redes e 2400 carregadores. Os meninos com o guarda-sol dispensamos, por uma questão de contenção de despesas, além de ser um luxo dispensável", concluiu Duarte.O movimento nasceu espontaneamente sem que ninguém mandasse da mobilização das camadas pobres e marginalizadas que se amontoam nos barracos dos bairros miseráveis da capital, conhecidos como "Jardim América", "Jardim Europa", "Morumbi", "Vila Olímpia" e "Higienópolis".
A vida difícil e árida dessa imensa população sofredora chega a extremos que vão desde a desesperadora dificuldade para se encontrar uma simples latinha de caviar russo, dessas que se encontram em qualquer esquina de Manhattan, à falta de champanhe "Dom Pérignon" ou mesmo uma prosaica "Perrier Jouët Belle Epoque" em alguns lares.
Andy Varsol afirmou durante a entrevista coletiva que sua criação "mais que uma obra de arte é um ícone factual e funcional da militância geopolítica pós-moderna, especialmente numa sociedade marcada pela culpa, onde tem culpa todo mundo e só não tem culpa eu."
Varsol, um gênio irriquieto e surpreendente.
_____________________________________________
Louis Lane, para o "New York Daily Planet"
O "Cansei" é um movimento popular surgido em Buenos Aires, capital do Brazil, país da América Equatorial, conhecido pela enorme desigualdade social, pela injusta distribuição da renda e pela ridícula campanha na Copa da Alemanha.
Andy criou o "passeio tranquilis" exatamente para atender a um pedido da liderança do movimento, que não conseguia realizar nenhuma de suas passeatas programadas, pois seus militantes encontravam-se tomados por um imenso cansaço que os impedia de participar das manifestações.
"Nossos problemas acabaram", declarou Resina Lima Duarte, uma das líderes do movimento. "Agora nossa passeata finalmente sai! Já encomendamos 1200 redes e 2400 carregadores. Os meninos com o guarda-sol dispensamos, por uma questão de contenção de despesas, além de ser um luxo dispensável", concluiu Duarte.O movimento nasceu espontaneamente sem que ninguém mandasse da mobilização das camadas pobres e marginalizadas que se amontoam nos barracos dos bairros miseráveis da capital, conhecidos como "Jardim América", "Jardim Europa", "Morumbi", "Vila Olímpia" e "Higienópolis".
A vida difícil e árida dessa imensa população sofredora chega a extremos que vão desde a desesperadora dificuldade para se encontrar uma simples latinha de caviar russo, dessas que se encontram em qualquer esquina de Manhattan, à falta de champanhe "Dom Pérignon" ou mesmo uma prosaica "Perrier Jouët Belle Epoque" em alguns lares.
Andy Varsol afirmou durante a entrevista coletiva que sua criação "mais que uma obra de arte é um ícone factual e funcional da militância geopolítica pós-moderna, especialmente numa sociedade marcada pela culpa, onde tem culpa todo mundo e só não tem culpa eu."
Varsol, um gênio irriquieto e surpreendente.
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Louis Lane, para o "New York Daily Planet"
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
O Bras(z)il aos olhos da Matriz.
Essas frases aí foram gentilmente retiradas do blog
"ConversaAfiada", do Paulo Henrique Amorim.
"ConversaAfiada", do Paulo Henrique Amorim.
São frases pinçadas de um órgão(êpa!) de mídia (êpa! êpa!).
Não, evidentemente, da Vejona , nem da Rede Globona, nem do Folhão e muito menos do Estadão.
São da revista americana Vanity Fair.
Estaria a mídia americana recusando-se a aderir ao golpe?
Depois de tudo que fizemos por eles?
Mas que puta sacanagem!!
Olha só o que dizem os comunas da Vanity Fair :
Tudo o que Hollywood queria ser e não é, o Brazil é.
Vida noturna, música, festas, fun – e sem culpa.
Ao nascer, o brazileiro tem direito à boa vida !
Maleável e mais homogêneo e não tão hierárquico: como eles dizem,todo mundo tem um “pé na cozinha”.
Maleável e mais homogêneo e não tão hierárquico: como eles dizem,todo mundo tem um “pé na cozinha”.
O mundo se divide em peito e bunda – Brazil é a capital mundial da bunda.
Todos nós somos um pouco brazileiros: o Brazil tem a maior população do Japão fora das lojas Prada.
Um presidente praticamente analfabeto, que veio de uma abissal pobreza rural governa um país que tem uma economia de um trilhão de dólares; surplus comercial; que aumentou o salário mínimo de US$ 50 para US$ 300; a inflação desabou e o crescimento está acima de 3%.
Todo mundo olha para a China que é vingativa e tem uma indústria que consome os recursos do mundo.
Olha para a Índia do século XXII, que tem uma infra-estrutura do século XIX e filosofia do século III.
E a Rússia, de coração negro e alma de marzipan, uma sociedade cruel e exploradora.
E ninguém parece prestar atenção ao quarto cavaleiro do futuro, o Brazil.
Que é tão grande quanto os Estados Unidos continental, tem 20% da água do mundo e tudo o que você plantar lá dá.
O Brazil tem uma capacidade de crescimento impressionante.
O Brazil é o segundo time de todo mundo.
Todas as associações que você fizer com o Brazil serão bem sucedidas e sexy: samba, Ipanema, bundas, futebol, floresta amazônica, e bio-fuel - o etanol.
O Brazil pode fornecer energia a metade do mundo, com o etanol.
E quando você entra num bar para tomar suco de frutas, as dez primeiras frutas você conhece. Das outras 12 que você nunca ouviu falar.
O Brazil é os Estados Unidos de 1850.
Com uma música muito melhor.
____________________________________________________________
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Cult Movie é nóis.
Primo,
Fernando Pessoa é o poeta maior da língua portuguesa. Ele e heterônimos. Sua obra, um legado de inestimável valor, irá calar fundo na alma luso/tupiniquim através dos séculos.
Dentre seus inumeráveis versos ouso destacar, talvez o mais famoso, meu favorito. Aquele que diz "Tudo vale a pena/ quando a alma não é pequena/ e a vontade de dar a bunda é maior ainda".
Sou homem sensível e amo a poesia e poetas.
Também acho a Julia Roberts um fodão. Acho não. Tenho certeza que é. Deve ser.
A poetisa que sonha com Londres... Aposto que usa óculos. Aposto que assiste a Mostra Internacional de Cinema, no MIS, nos Jardins de São Paulo.
Aquela tarde fria, garoa paulistana, as pessoas no saguão de espera pra ver o último filme de um tal de Custurica. Café expresso, bolsas de crochê, roupitchas transadinhas "casualmente", casais cochichando, abraçadinhos, alguns e algumas poucas solitárias fingem ler um livro ou revista americana, ou européia, tanto faz, o negócio é exibir a capa e manter o jeitão meio assim blasé.
Meia dúzia de cinéfilos e jornalistas numa rodinha comentando baixinho a "qualidade das obras desse ano, especialmente os iranianos" enquanto alimentam pensamentos lúbricos sobre a rodinha um do outro... E ela, a minha londrininha, só, bebericando um capuccino, poetisando algo em sua mente.
Meu pau endurece de maneira insuportável. Aproximo-me. ("mo-me..." Preciso lembrar esse treco. Pode dar samba). Aproximo-me e falo baixinho junto à sua orelhinha pálida onde balança um brinquinho em formato de meia-lua. Sussurro uma passagem do Ulysses, obra máxima da literatura ocidental: "estou afim de enfiar-lhe a rola, minha santa. Qué que você acha?" Ela estremece emudecida e, presumo na hora, também umidecida .
Envolvo-a pela cintura e chamo-a na chincha. Beijo-a. Ela cede-me a língua. Sorvo-a. Pego sua mão e coloco-a sobre o meu imenso mastruço, intumescido sob minha calça, para que ela sinta o drama. A sala de projeção abriu. Sentamo-nos (mo-nos também é bom. Muito bom. Se juntar com o mo-me pode dar um troço legal, intrigante. Outra ora eu anoto) na última fileira. A luz apaga e eu vou sofrêgo ao seu corte epistemológico.
Ela, tomada por súbita louca poética sofreguidão, se apossa do meu falo, enquanto signo de poder, e nos perdemos na escuridão da sala, do poema, do fog londrino. Sim! Mil vezes sim! É disso que o povo precisa, primo: cinemas de arte, filmes de arte, poemas, espaços culturais, teatros, vernissages, mostras, eventos culturais e artísticos. Sem falar nas suculentas rodinhas de intelectuais e jornalistas.
Um abraço doPrimo.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
O Mestre das Dunas
* Texto de Nerso Muqueta, postado por Teotônio
Tava aqui pensando: se o Paulo Coelho pode, o Jorge Luis Borges pode, a J. K. Rowling pode, por que eu não posso?
Resolvi dedicar-me aos escritos místicos-fantásticos-esotéricos-exotéricos. Até porque me encontro na mesmíssima posição dos citados escrivinhadores: preciso de grana, ando numa deprê dessas capazes de matar um jegue e não sei fazer nada de útil, tipo acertar o relógio do videocassete.
Adentremos pois o instigante universo da metafisica, troço que não precisa nem nunca precisou fazer sentido algum.
Simão Wisehall acordou inquieto naquela manhã. Talvez pela surpreendente brisa, um sopro leve e diáfano atravessando a aridez sempiterna do deserto. Um fenômeno raro, quase impossível.
Simão sentou-se sobre a pedra de sempre e iniciou sua jornada diária de sempre: observar e esperar.
Simão vive no deserto desde menino. Hoje é quase um ancião. Observa e espera. Quando menino Simão Wisehall tinha dificuldade de relacionamento na escola. Seus coleguinhas gostavam de provocá-lo e importuná-lo. Costumavam repetir à exaustão e às gargalhadas: "Ei, Wisehall, pega no meu pau!"
Simão tornou-se um adolescente retraído e solitário. E adquiriu o hábito insólito de pegar no pau das pessoas que dele se aproximavam. Homens ou mulheres.
Os familiares de Simão acharam por bem afastá-lo desse convívio social, que consideravam por demais agressivo e pernicioso para a formação de Wisehall. Resolveram da maneira que pareceu a todos a mais correta e exequível: compraram um camelo e internaram o jovem Simão no meio do deserto do Saara, deixando-lhe o camelo como companhia.
Simão, no dia em que chegou ao centro do deserto, perguntou para sua mãe quando viriam buscá-lo para levá-lo de volta. Sua mãe respondeu que "em breve", enquanto seu pai cobria a boca com a mão, contendo uma gargalhada.
Simão aprendeu a domar o deserto. A torná-lo seu aliado. Aprendeu cada movimento da noite silenciosa. Decifrou o brilho das estrelas, o movimento da lua, integrou-se à dança harmoniosa das galáxias e ao passeio noturno das nebulosas. Aprendeu e empreendeu muitas viagens astrais. Abandonava seu corpo deitado na areia e deixava sua energia cósmica visitar as mais próximas e as mais distantes constelações. Aprendeu a materializar pequenas coisas e objetos: primeiro um ínfimo grão de areia, depois um pequeno pedregulho, até atingir a suprema perfeição de conseguir materializar um cheese-salada sem maionese, Coca-Cola, fritas e um exemplar da revista Sexy com a Viviane Araujo.
O dia era hora de meditação, observação e espera. O Sol abrasador era mais que um amigo de Simão Wisehall. Era seu Mestre, seu mentor astral. Ensinou-lhe o segredo da paciência, da perseverança e do eterno retorno.
Simão fez vários amigos durante sua estadia nas areias escaldantes do Saara: Bieergaard, o lagarto, Vênus, o camelo, Lautrec, o escorpião, Cannus, o coyote e Babilônia, um papagaio da América do Sul que migrou para o Oriente Médio por motivos até hoje obscuros.
Exercitando a prática da paciência e da perseverança que aprendeu com o Astro Rei, Simão decidiu ensinar seus amigos animais a falar. Babilônia, o louro, aprendeu rapidamente, um dom que a natureza lhe concedeu. Os outros demoraram algumas décadas. Finalmente aprenderam. Simão então reuniu Bieergaad, Vênus, Lautrec, Cannus e Babilônia em volta de si e ordenou-lhes: "Amiguinhos, falem!!" e os animaizinhos repetiram em uníssono "Ei, Whisehall, pega no meu pau!".
Todos, exceto o louro Babilônia que, de acordo com seu espírito Latino-americano, mandou a plenos pulmões: "Ei, Simão, tamos aí nesse bundão!"
As gargalhadas ecoaram na vastidão do deserto. A mais alta e estridente era a de Simão.
Esperar e observar, nunca mais. Era agora um Mestre entre os seus. Um guia dos desalentados, solidamente integrado à sua Verdade Prânica. Dirigiu-se aos seus discípulos, em tom calmo e superior: "Lição da semana que vem: como construir uma cidade-cassino em pleno deserto. Conto com a presença de todos".
Tava aqui pensando: se o Paulo Coelho pode, o Jorge Luis Borges pode, a J. K. Rowling pode, por que eu não posso?
Resolvi dedicar-me aos escritos místicos-fantásticos-esotéricos-exotéricos. Até porque me encontro na mesmíssima posição dos citados escrivinhadores: preciso de grana, ando numa deprê dessas capazes de matar um jegue e não sei fazer nada de útil, tipo acertar o relógio do videocassete.
Adentremos pois o instigante universo da metafisica, troço que não precisa nem nunca precisou fazer sentido algum.
Simão Wisehall acordou inquieto naquela manhã. Talvez pela surpreendente brisa, um sopro leve e diáfano atravessando a aridez sempiterna do deserto. Um fenômeno raro, quase impossível.
Simão sentou-se sobre a pedra de sempre e iniciou sua jornada diária de sempre: observar e esperar.
Simão vive no deserto desde menino. Hoje é quase um ancião. Observa e espera. Quando menino Simão Wisehall tinha dificuldade de relacionamento na escola. Seus coleguinhas gostavam de provocá-lo e importuná-lo. Costumavam repetir à exaustão e às gargalhadas: "Ei, Wisehall, pega no meu pau!"
Simão tornou-se um adolescente retraído e solitário. E adquiriu o hábito insólito de pegar no pau das pessoas que dele se aproximavam. Homens ou mulheres.
Os familiares de Simão acharam por bem afastá-lo desse convívio social, que consideravam por demais agressivo e pernicioso para a formação de Wisehall. Resolveram da maneira que pareceu a todos a mais correta e exequível: compraram um camelo e internaram o jovem Simão no meio do deserto do Saara, deixando-lhe o camelo como companhia.
Simão, no dia em que chegou ao centro do deserto, perguntou para sua mãe quando viriam buscá-lo para levá-lo de volta. Sua mãe respondeu que "em breve", enquanto seu pai cobria a boca com a mão, contendo uma gargalhada.
Simão aprendeu a domar o deserto. A torná-lo seu aliado. Aprendeu cada movimento da noite silenciosa. Decifrou o brilho das estrelas, o movimento da lua, integrou-se à dança harmoniosa das galáxias e ao passeio noturno das nebulosas. Aprendeu e empreendeu muitas viagens astrais. Abandonava seu corpo deitado na areia e deixava sua energia cósmica visitar as mais próximas e as mais distantes constelações. Aprendeu a materializar pequenas coisas e objetos: primeiro um ínfimo grão de areia, depois um pequeno pedregulho, até atingir a suprema perfeição de conseguir materializar um cheese-salada sem maionese, Coca-Cola, fritas e um exemplar da revista Sexy com a Viviane Araujo.
O dia era hora de meditação, observação e espera. O Sol abrasador era mais que um amigo de Simão Wisehall. Era seu Mestre, seu mentor astral. Ensinou-lhe o segredo da paciência, da perseverança e do eterno retorno.
Simão fez vários amigos durante sua estadia nas areias escaldantes do Saara: Bieergaard, o lagarto, Vênus, o camelo, Lautrec, o escorpião, Cannus, o coyote e Babilônia, um papagaio da América do Sul que migrou para o Oriente Médio por motivos até hoje obscuros.
Exercitando a prática da paciência e da perseverança que aprendeu com o Astro Rei, Simão decidiu ensinar seus amigos animais a falar. Babilônia, o louro, aprendeu rapidamente, um dom que a natureza lhe concedeu. Os outros demoraram algumas décadas. Finalmente aprenderam. Simão então reuniu Bieergaad, Vênus, Lautrec, Cannus e Babilônia em volta de si e ordenou-lhes: "Amiguinhos, falem!!" e os animaizinhos repetiram em uníssono "Ei, Whisehall, pega no meu pau!".
Todos, exceto o louro Babilônia que, de acordo com seu espírito Latino-americano, mandou a plenos pulmões: "Ei, Simão, tamos aí nesse bundão!"
As gargalhadas ecoaram na vastidão do deserto. A mais alta e estridente era a de Simão.
Esperar e observar, nunca mais. Era agora um Mestre entre os seus. Um guia dos desalentados, solidamente integrado à sua Verdade Prânica. Dirigiu-se aos seus discípulos, em tom calmo e superior: "Lição da semana que vem: como construir uma cidade-cassino em pleno deserto. Conto com a presença de todos".
sexta-feira, 20 de julho de 2007
ACM
ACM morreu, após bem vividos 79 anos (que a maioria dos brasileiros jamais atingiria). Pois bem, quais foram as frases que mais ouvi de "intelectuais", cientistas políticos, etc? Foram coisas do tipo "ACM foi um grande político", "Pode-se concordar ou não com seus métodos mas ele fez história", "podem falar o que quiser dele mas ele modernizou a Bahia". Que ótimo! O coronelzão fez e desfez a vida inteira, pilotou o trem do atraso que assola o Nordeste por anos, envolveu-se em sabe-se lá quantas tramas inescrupulosas e é esse tipo de observação que é feita quando da sua morte? Porque não lembrar que ACM passava por cima de seus adversários como um trator? Ou que esteve envolvido em sombrios episódios de corrupção, entre outras "coisinhas", na nossa história? Elogiar ACM é uma afronta a todos que tanto sofreram com suas artimanhas, e esses são nada mais nada menos que os mais necessitados do nosso povo. Elogiar ACM é deixar bem calro que neste país, não importa como, o importante é fazer algo, é deixar marcas, pois os horrores, esses só dóem a quem os sofre, e quem os sofre não têm voz para falar no rádio , na TV ou nos jornais, quem foi o verdadeiro ACM.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
IR em Debate
Burros estudados ou inteligentes analfabetos?
Obrigado Sr. Mala Palhares
Sim, mas digamos que o Lula tivesse estudado. Isso iria impedir os Parlapatões de fazer aquelas peças de vaudeville eca/uspiniano, chupadas descaradamente do Karl Valentin ( Google.com) e que só as genitoras deles acham graça, mas que por outro lado dá pra descolar todo ano uma grana sentida da prefeitura (grana dos cofres públicos, sim?) e ainda por cima comer uma penca de fanzuecas bundudinhas? Creio que não. Tenho certeza que não. Já o FHC estudou pra cacête, tem uns dez diplomas, é professor da USP, da Sorbone e diz que nunca brochou. Estudou, se elegeu presidente, rifou todas as empresas estatais do país e a grana até hoje ninguém sabe, ninguém viu, tascou um bilhão de dólares dos cofres públicos para salvar da degola seus cupinchas banqueiros, não criou nem uma mísera universidade em oito anos, botou o risco-país na casa do 3.000 pontos, causou um blecaute que botou o país inteiro sem energia elétrica por quase dois anos, deixou uma taxa de juros beirando os 30%, uma taxa de desemprego recorde na história do bananão, abafou, sabe-se lá a que custo, perto de duzentas CPIs contra o seu governo, fechou todos os anos do seu governo com a balança comercial deficitária, chamou os aposentados do INSS de vagabundos, falou que era mulatinho e tinha um pé na cozinha, que queimou fumo mas não tragou, botou o exército brasileiro pra tomar conta do latifúndio dele, fechou oito anos de crescimento econômico zero, viajou mais que todos os presidentes da República bananífera juntos, exerceu uma liderança política medíocre e desastrosa ao ponto de afundar eleitoralmente o partido político dele, mergulhado numa crise institucional sem saída aparente. Vai ser diplomado e inteligente assim na PQP! Mas o cara estudou, pombas! Tem uma baita coleção de diplomas! E quem estuda é inteligente, segundo a lógica metafísica dos Astragons do Sumaré. Banco de escola não "dá" inteligencia a ninguém. Dá diploma. Diploma não é certificado de inteligência. Inteligencia é uma outra praia, ali por perto de Peruíbe, Itanhaém. Mesmo assim o Lula me dá no saco, às vezes. Sério. Mas a burrice, como intituição, me dá muito mais. E daí? Daí que nem por isso o pão ficou mais barato, diria o bardo alemão.
Em um Brasil que a boa educação sempre foi privilégio de poucos e muitas vezes manipulada, é possível medir inteligência a partir de níveis de escolaridade?
É seguro dizer que o menino sabe ler porque está na oitava série do ensino fundamental?
Os participantes irão discorrer sobre a seguinte citação feita em trecho de uma peça montada recentemente no teatro Parlapatões, situado a praça Roosevelt, sei lá que número:
"Um vendedor de pastilhas adentra o ônibus e diz que não estudou "porque inteligência não dá dinheiro, veja os usineiros, o Congresso, o presidente"."
Cada participante tem direito a escrever uma só vez, e não encher o saco do Mediador que sou eu mesmo!
Com a palavra o Sr Demétrio Médio, especialista em ciências políticas, mestre em contemporização de contrastes ideológicos.
Pelo que dizem parece uma boa idéia mal executada (mas só vendo pra ter certeza). Mas esse tipo de piada é exatamente o tipo de crítica que eu detesto, pois não tem nada a ver com os problemas que o governo tem.
Obrigado, Sr Demétrio
Agora com a palavra o Sr Mala Palhares, doutor em sexualidade de moradores solitários do centro da cidade, e pós-graduado em palavras de efeito de outro idioma usadas por grandes profissionais do meio corporativo, tais como feeling, feedback, brainstorm, entre outras. Mala Palhares estuda um termo em inglês para substituir a difundida reengenharia, que pra ele é muito pobre, ui:
O que é foda é que o Lula não ter estudado quando jovem é uma coisa, mas não ter estudado depois o transformou numa imensa vidraça (até a grande Tia Erunda diz algo mais ou menos assim. Vide uma das últimas Caros Amigos).
Fora que fica parecendo que ou ele não estudou por teimosia do tipo "tão vendo? Não estudei e mesmo assim cheguei lá" ou por tosquice como estilo de vida. E dar um exemplo desses é péssimo, ainda mais na posição de presidente.
Agora, é foda isso que você apontou. O pai da Etcétera, malufista que nem os amigos do Malufina, do Malufola e do Maluffei, ficava falando esse tipo de merda "que o Lula é cachaceiro" blablablá. Eu falei pra ela o seguinte: que eu tenha ficado sabendo na época da campanha, o Lula tinha ido um tempinho antes pra um restaurante com a Marisa e um dos filhos. Tinha tomado todas e quando os três saíram tavam tão balões que não lembravam onde tinham estacionado o carro e voltaram de carona com alguém. Só que tanto eu quanto ela quanto todo mundo aqui (FF à parte, esse abstêmio do inferno) bebe semanalmente, já fez coisas bem piores e não deixamos de ser bons profissionais, bons pais, bons irmãos etc. Só que rola a cobrança em cima do cara por preconceito.
Só que ao mesmo tempo que tem preconceito, tem cobrança por essa questão de exemplo. Me incomodou outro dia quando ele disse que "o governo tem que entrar na favela e competir com o crime organizado". Nem repercutiu tanto, mas achei foda. Se ele acha (com razão) um absurdo ter sido vaiado pelo Maracanã cheio de burgueses que pagaram aquela grana toda pelo ingresso, pois o público não respeitou a instituição do Presidente da República, ele também tem que pensar que a instituição Estado não tem que competir com ninguém. Tem que entrar na favela urbanizá-la, arrancar aqueles safados de lá e metê-los na cadeia. Não importa se eu, MP, estou no boteco e acho exatamente a mesma coisa que ele disse. Ele, como Presidente, não pode falar isso.
Ou seja: é complicado pra cacete e em muitos momentos uma tarefa ingrata. Mas foi ele que resolveu se candidatar, então ele que segure a onda. A piada é horrível e burra, mas foi ele que escolheu ser essa vidraçona.
Quanto aos Parlapatões, eles não deveriam fazer essa piada pois foi graças à política "aos amigos tudo, aos inimigos uma banana" do Celso Frateschi que
eles se descolaram na Roosevelt. Quanta ingratidão!
Fora que fica parecendo que ou ele não estudou por teimosia do tipo "tão vendo? Não estudei e mesmo assim cheguei lá" ou por tosquice como estilo de vida. E dar um exemplo desses é péssimo, ainda mais na posição de presidente.
Agora, é foda isso que você apontou. O pai da Etcétera, malufista que nem os amigos do Malufina, do Malufola e do Maluffei, ficava falando esse tipo de merda "que o Lula é cachaceiro" blablablá. Eu falei pra ela o seguinte: que eu tenha ficado sabendo na época da campanha, o Lula tinha ido um tempinho antes pra um restaurante com a Marisa e um dos filhos. Tinha tomado todas e quando os três saíram tavam tão balões que não lembravam onde tinham estacionado o carro e voltaram de carona com alguém. Só que tanto eu quanto ela quanto todo mundo aqui (FF à parte, esse abstêmio do inferno) bebe semanalmente, já fez coisas bem piores e não deixamos de ser bons profissionais, bons pais, bons irmãos etc. Só que rola a cobrança em cima do cara por preconceito.
Só que ao mesmo tempo que tem preconceito, tem cobrança por essa questão de exemplo. Me incomodou outro dia quando ele disse que "o governo tem que entrar na favela e competir com o crime organizado". Nem repercutiu tanto, mas achei foda. Se ele acha (com razão) um absurdo ter sido vaiado pelo Maracanã cheio de burgueses que pagaram aquela grana toda pelo ingresso, pois o público não respeitou a instituição do Presidente da República, ele também tem que pensar que a instituição Estado não tem que competir com ninguém. Tem que entrar na favela urbanizá-la, arrancar aqueles safados de lá e metê-los na cadeia. Não importa se eu, MP, estou no boteco e acho exatamente a mesma coisa que ele disse. Ele, como Presidente, não pode falar isso.
Ou seja: é complicado pra cacete e em muitos momentos uma tarefa ingrata. Mas foi ele que resolveu se candidatar, então ele que segure a onda. A piada é horrível e burra, mas foi ele que escolheu ser essa vidraçona.
Quanto aos Parlapatões, eles não deveriam fazer essa piada pois foi graças à política "aos amigos tudo, aos inimigos uma banana" do Celso Frateschi que
eles se descolaram na Roosevelt. Quanta ingratidão!
Agora passo a palavra ao Dr Nerso Muqueta, reitor presidente da Fateo (Faculdade de Teologia) da praça Roosevelt, Dr Nerso é conhecido pela sua simpatia e pelo seu tom sempre cordial com que costuma tratar uma conversa.
Sim, mas digamos que o Lula tivesse estudado. Isso iria impedir os Parlapatões de fazer aquelas peças de vaudeville eca/uspiniano, chupadas descaradamente do Karl Valentin ( Google.com) e que só as genitoras deles acham graça, mas que por outro lado dá pra descolar todo ano uma grana sentida da prefeitura (grana dos cofres públicos, sim?) e ainda por cima comer uma penca de fanzuecas bundudinhas? Creio que não. Tenho certeza que não. Já o FHC estudou pra cacête, tem uns dez diplomas, é professor da USP, da Sorbone e diz que nunca brochou. Estudou, se elegeu presidente, rifou todas as empresas estatais do país e a grana até hoje ninguém sabe, ninguém viu, tascou um bilhão de dólares dos cofres públicos para salvar da degola seus cupinchas banqueiros, não criou nem uma mísera universidade em oito anos, botou o risco-país na casa do 3.000 pontos, causou um blecaute que botou o país inteiro sem energia elétrica por quase dois anos, deixou uma taxa de juros beirando os 30%, uma taxa de desemprego recorde na história do bananão, abafou, sabe-se lá a que custo, perto de duzentas CPIs contra o seu governo, fechou todos os anos do seu governo com a balança comercial deficitária, chamou os aposentados do INSS de vagabundos, falou que era mulatinho e tinha um pé na cozinha, que queimou fumo mas não tragou, botou o exército brasileiro pra tomar conta do latifúndio dele, fechou oito anos de crescimento econômico zero, viajou mais que todos os presidentes da República bananífera juntos, exerceu uma liderança política medíocre e desastrosa ao ponto de afundar eleitoralmente o partido político dele, mergulhado numa crise institucional sem saída aparente. Vai ser diplomado e inteligente assim na PQP! Mas o cara estudou, pombas! Tem uma baita coleção de diplomas! E quem estuda é inteligente, segundo a lógica metafísica dos Astragons do Sumaré. Banco de escola não "dá" inteligencia a ninguém. Dá diploma. Diploma não é certificado de inteligência. Inteligencia é uma outra praia, ali por perto de Peruíbe, Itanhaém. Mesmo assim o Lula me dá no saco, às vezes. Sério. Mas a burrice, como intituição, me dá muito mais. E daí? Daí que nem por isso o pão ficou mais barato, diria o bardo alemão.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Dicionário do Ludovico
Arruamar. V. t. d. 1. Ir para a rua; à beira mar 2. Ser demitido 3. Desempregar
Dicionário do Ludovico
Acabrar. V. t. d. 1. Tornar um cabra, um macho. 2. Tornar homem de verdade. 3. Machezar.
antôn. Morar sozinho no centro.
antôn. Morar sozinho no centro.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Seleção de 2002 X Seleção de 1986
Surgiu nos bastidores deste glorioso bnlog a discussão sobre quem seria melhor, a seleção de 2002 ou a de 1986. A seleção de 86, embora envelhecida, era muito boa (o gol do Careca contra a França foi um dos mais bonitos que eu já vi). Se nós não tivéssemos um goleiro mais azarado (eu disse azarado e não ruim), que foi o único que fez um gol contra de cabeça e deitado, poderíamos ter ido mais longe. Vou fazer uma comparação pau a pau.
Marcos X Carlos, dá Marcos
Cafu X Josimar , dá Cafu
Roque Júnior X Edinho, dá Edinho
Lúcio X Júlio César , dá Júlio César
Roberto meião Carlos X Branco (no auge), dá Branco sem nenhuma dúvida
Edmílson X Alemão - Alemão
Gilberto Silva X Elzo, Giberto
Kléberson X Júnior - dá Júnior
Rivaldo X Sócrates, Sócrates
Ronaldo X Careca, Careca
Ronaldinho Gaúcho X Muller, Ronaldinho
Telê X Felipão, adoro o Felipão, mas dá Telê.
8 X 4 prá 86.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Partidos
Com exceção do PFL, ou melhor DEM, uma espécie de legenda de anti-cristos que já nasceu de direita, todos os partidos, assim como os seres humanos, parecem passar por uma estranha mutação: nascem de esquerda, crescem de centro e morrem de direita.
Siga o raciocínio: O MDB, quando surgiu era uma espécie de PT dos tempos do ABC. Quando surgiu o PSDB, uma espécie de PT de quando o FHC ganhou a primeira eleição, o PMDB era mais ou menos o que o PSDB é hoje, quase um PFL, ou melhor DEM. Nesta época o PT, dos tempos do ABC, era uma espécie de PSOL dos tempos de hoje. Quando FHC ganhou a primeira eleição, o PSDB era uma espécie de PMDB dos dias de hoje e ambos eram quase um DEM (ou PFL?). O PSOL nem existia e o PT era uma espécie de PSDB quando surgiu (lembre- se que quando o PSDB surgiu, o PT era uma espécie de PSOL, e este último ainda nem existia). Quando LULA ganhou a primeira eleição, o PT era como o PSDB quando FHC ganhou a primeira eleição e o PSDB, o PMDB e o PFL (ou DEM?), eram uma espécie de PFL quando surgiu o PSDB. Quando LULA ganhou a segunda eleição, o PT era uma espécie de PSDB quando LULA ganhou a primeira eleição e nesta altura do campeonato, PSDB, PT, DEM (ou PFL?) e PMDB eram uma espécie de PFL quando o PFL (ou DEM?) surgiu, lenbrando que o PFL vêm da ARENA que era uma espécie de DEM (ou PFL?) quando o MDB, que era uma espécie de PT dos tempos do ABC (um tipo de PSOL), surgiu. E o PSOL de hoje é uma espécie de PT dos tempos de ABC que era um tipo de MDB quando o PFL ainda era ARENA (ou DEM?).
quarta-feira, 4 de julho de 2007
O gol é apenas um detalhe - A saga continua.
O Wayne Cooper me perguntou lá no boteco dos Satyros se eu ainda achava alguma graça em torcer pela seleção. Não, não acho. Ele também não.
Preferimos nossos times. Seleção pra nós só o glorioso esquadrão do Marraquesh Setentrional, onde nossos primos Al-Rahid, Alli-Boffei e nosso sobrinho Arthurzinho El-Muchidd formam o mais temido trio de zaga do Oriente Médio e nossa veneranda Tia Jadhira é treinadora vitalícia.
Então porque catso perco meu tempo vendo jogos da Copa América e me remoendo de raiva assistindo a mediocridade se arrastar no campo e ouvindo na tv o bestialógico inesgotável da dupla Galvão/Falcão?
Aí leio a coluna do Juca Kfouri logo após o jogo Brasil x Equador. E pago um pau. Até postei mensagem no blog do cara elogiando. Veja você, Palhares: eu, o velho e alquebrado Muqueta postando mensagens elogiosas em blog alheio. Que falta faz a serotonina!
Mas vê aí se não ficou legal mesmo a análise Kfouriana. Humor é arma poderosa contra a mediocridade.
O importante é a classificação!
Dunga fez tudo certo.
Se a seleção da CBF poderia perder até por dois gols de diferença do fortíssimo Equador, por que arriscar?
E escalou seu quarteto mágico com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista.Houve quem chamasse de quarteto trágico, por puro despeito.
E o time deu conta do recado.
O insinuante atacante equatoriano só teve duas chances de gol e assim mesmo uma delas graças a uma rara saída infeliz do grande Doni, dono absoluto da camisa 1, embora a dele seja, por descuido, a 12.
Também a seleção da CBF teve chances de gol, com Vagner Love (duas vezes), Robinho e Julio Baptista.O que interessava, no entanto, acontecia: 0 a 0 no primeiro tempo!
E não me venham com essa história de que o Equador perdeu para o Chile e para o México, porque cada jogo tem sua história, ora bolas!
E tanto isso é verdade que Telê Santana, digo, Dunga, voltou para o segundo tempo com o mesmo time, porque felizmente tinha deixado Diego e Anderson, que pensam que futebol é arte, no banco, depois de tirá-los nos intervalos das partidas diante de México e Chile.
O esquema deu tão certo que o segundo tempo começou no mesmo diapasão.
Pena que Robinho tratou de quebrar a magia, ao pedalar na frente de um equatoriano, que o segurou, e o árbitro marcou pênalti.
O próprio Robinho bateu e fez 1 a 0, o que, rigorosamente, não precisava.
Aliás, ele marcou seu quarto gol na Copa América, o quarto da seleção.
Só que sábado começa o mata-mata e talvez o banco seja um bom lugar para ele.
Porque não podemos correr riscos.
E vamos pegar o exuberante Chile que, como se sabe, joga com duas linhas de quatro.
Um perigo!
NotasDunga, o comandante deve vir na frente. E você vai ter de engoli-lo: 10
Doni, sinônimo de segurança: 9
Daniel Alves, o novo Carlos Alberto Torres: 8
Alex Silva, só não é melhor, na zaga do São Paulo, do que Miranda: 7
Alex, fez um pênalti bobo: 7
Juan, não deu um pontapé e não deixou Diego entrar no lugar de Julio Baptista porque havia uma escanteio: 4
Gilberto, tão bom como Nilton Santos: 8
Kléber entrou e tem talento demais para jogar neste time: 6
Gilberto Silva, não deixa sentir saudades de Paulo Roberto Falcão: 7
Mineiro, como um Zito: 7
Josué, Didi redivivo: 7
Julio Baptista, bestas somos nós: 8
Diego entrou apenas para comprovar que nosso grande Dunga não é rancoroso: 4
Robinho, só firulas e um gol (argh!): 3
Vagner Love, quase fez dois gols: 5
Comportamento da torcida venezuelana que vaiou o tempo inteiro porque entende é de beisebol: zero
Condições do gramado: não provei.
Contagem Regressiva
domingo, 1 de julho de 2007
Mico de aniversário
Sábado 30/06/2007, data de comemoração do aniversário de Teotônio. Meu estado físico era comparável ao daquela maratonista toda torta na chegada das Olimpíadas de Los Angeles (com o Golfão Bueiro gritando "eeelaaaa tanbééémmmm é uma venceoooooorrrrrraaaaa!!!!!!!!!). Por única e exclusiva considerção ao Teotônio, fui com minha esposa, Reclamina Cooper, até a praça Presidente Figueiredo para cumprimentar o grande amigo.
Cheguei às nove (horário combinado), entre grunhidos da minha esposa e 2 copos de cerveja, quando eram 9h 20min liguei para o Palhares.
- Onde cê tá?
- Em casa.
- Tô sozinho no bar.
- Como assim?
- O Tetônio não chegou.
- Me dá 5 minutos, tô indo para aí.
- Positivo operante.
Logo, Palhares e sua namorada Andrômeda chegaram ao local, seguidos pelo Nerso Muqueta, ainda com lágrimas nos olhos pelo recente casamento de sua filha.
Após 125 panquecas e 34 cervejas, todos na mesa demonstravam preocupação pois já eram 23h e nada do Teotônio. No momento em que ligávamos para o IML a fim de saber se algum cadáver barbudo havia dado entrada no local, chega o Teotônio, com aquela cara típica do Canelone (nosso amigo) quando mandava a maior bufa e soltava a célebre frase: "Quem peidou????"
Só para lembrar, tenho um bonequinho do Falcon Metrossexual que é a cara do Teotônio, pretendo usá-lo como Vodu daqui em diante.
Para terminar:
Ei Teotônio!!!! Vai tomar no c...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Cheguei às nove (horário combinado), entre grunhidos da minha esposa e 2 copos de cerveja, quando eram 9h 20min liguei para o Palhares.
- Onde cê tá?
- Em casa.
- Tô sozinho no bar.
- Como assim?
- O Tetônio não chegou.
- Me dá 5 minutos, tô indo para aí.
- Positivo operante.
Logo, Palhares e sua namorada Andrômeda chegaram ao local, seguidos pelo Nerso Muqueta, ainda com lágrimas nos olhos pelo recente casamento de sua filha.
Após 125 panquecas e 34 cervejas, todos na mesa demonstravam preocupação pois já eram 23h e nada do Teotônio. No momento em que ligávamos para o IML a fim de saber se algum cadáver barbudo havia dado entrada no local, chega o Teotônio, com aquela cara típica do Canelone (nosso amigo) quando mandava a maior bufa e soltava a célebre frase: "Quem peidou????"
Só para lembrar, tenho um bonequinho do Falcon Metrossexual que é a cara do Teotônio, pretendo usá-lo como Vodu daqui em diante.
Para terminar:
Ei Teotônio!!!! Vai tomar no c...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Second Life
Gente do céu!! Gostaria de dizer que excluirei da minha lista de amigos todos os que entram nessa porra de Second Life.
O mundo atual já é deveras virtual. Conversamos no MSM, rimos com as teclas, transamos usando o mouse, mudamos nossa linguagem para adaptá-la aos computadores. Até aí é suportável, são inegáveis os benefícios da informática e da internet. Mas criar uma segunda vida num mundo com dinheirinho virtual (será que escanearam as notas do banco imobiliário?), profissão virtual, etc, já é demais. Será que as relações humanas já não são impessoais ao extremo? Hoje em dia, quando as coisas mudam a uma velocidade alucinante, já não mos dedicamos muito pouco às amizades e ao amor? Sim, ao amor. Amar pessoas é fundamental, torna-nos mais humanos e menos máquinas. O amor é o motor que nos propulsiona em busca de uma vida melhor. Mas indo em direção ao mundo das máquinas, estaremos cada vez mais perto do contrário, uma vida fria, sem graça, automática e curta meus amigos, muito curta.
Ai... o Vaticano
Ólhem só essa notícia do Vaticano.
Só uma perguntinha, o Ayrton Senna morreu porque era protestante?
Uma sugestão, por que o Papa não lança uma encíclica criando o GP do Vaticano de Fórmula-1. Os pilotos nem precisariam usar capacete, não morreria ninguém!!! Os caras poderiam até brincar de ver quem bate mais forte no muro!!
FONTE: Terra
Vaticano investigará possível milagre com Kubica
O Vaticano abrirá investigação para analisar um possível milagre no acidente sofrido pelo piloto polonês Robert Kubica no GP do Canadá de Fórmula 1. E de acordo com o sacerdote Slawonir Oder, o fato pode até ajudar no processo de beatificação do Papa João Paulo II.
» Kubica é aprovado em exames e corre na França» Veja fotos do acidente » Confira a foto ampliada » Raikkonen lidera primeiro treino; Massa é segundo
"O senhor Kubica é uma dessas pessoas que todos sabemos que o Papa João Paulo II desempenhou e desempenhará um importante papel na vida, como se confirma com o fato de ele levar o nome do papa em seu capacete", justificou Oder, responsável pelo processo de santificação de João Paulo II, à agência polonesa PAP.
A história de Kubica pode ser publicada numa artigo da próxima edição mensal do Vaticano, a Totus Totus, que será dedicada basicamente ao processo de beatificação de João Paulo II. Um testemunho do piloto não está descartado para ajudar no processo.
Redação Terra
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Num único, pacato e bucólico dia na Mídia :
Emocionado, senador Roriz apresenta defesa e coloca seus sigilos à disposição da Justiça
Conselho de Ética vai colocar em votação relatório que absolve Renan
TSE analisa pedidos de cassação de quatro senadores e 25 deputados
Renan diz que querem assassinar a sua honra e que já apresentou defesa
Senador sugere livrar bancos do Código de Defesa do Consumidor
Ministério Público adia denúncia contra suspeitos investigados na Xeque-Mate
Depoimento de advogado de jornalista termina em bate-boca com senadores
Escuta aponta corrupção em subprefeitura de São Paulo
Zapping - Alemão boicota Íris na Globo; contrato dela não será renovado
Heloísa Helena chama de ladrão quem enriquece fazendo política
Operação deixa 18 mortos no complexo do Alemão no Rio
Moradores acusam polícia de executar inocentes no complexo do Alemão
Jogador do São Paulo vai processar diretor palmeirense por dizer que ele é homossexual
Seleção perde de 2 a 0 na estréia
O Brasil desanima, deprime, aborrece, cansa, desespera, exaure, esgota, entristece, revolta, angustia, apalerma, enraivece, enlouquece, sufoca, avilta, transtorna, envelhece,adoece, irrita, arde, incomoda, amedronta. O Brasil dói.
Ir embora do Brasil. É isso: ir embora do Brasil!
Ir embora do Brasil? Como? Se você leva a família, os amigos, o time do coração, a tabela do Brasileirão, o cavaco, o cão, o gato, o papagaio, a música, as mulheres, o Sol, o mar, a literatura, a comida, o clima, o conforto do descompromisso antes de mais nada, o vai da valsa, o deixa rolar, o "uma hora a gente vê isso", o "abre as pernas, coração", o abraço apertado, quase obsceno, o clima de cataclismo iminente que nunca virá, já que não temos furacões, maremotos e nem ao menos um mísero terremoto capaz de ser detectado na escala Ritcher. Ritcher? Não fazemos a mais remota idéia de quem é ou de que se trata. Cataclismo? Ir embora? Como, meu rei? Onde quer que você vá o Brasil vai junto. O Brasil é inescapável.
Inescapável? Não é não, Jão!
Vamos embora pra dentro de nós mesmos!
E que ninguém nos acuse de não saber dar um jeitinho pra tudo! Não foi pra isso que nascemos Macunaímas, no fundo da mata virgem, ouvindo o rumorejar do Urariqüera? Então, porra!
Conselho de Ética vai colocar em votação relatório que absolve Renan
TSE analisa pedidos de cassação de quatro senadores e 25 deputados
Renan diz que querem assassinar a sua honra e que já apresentou defesa
Senador sugere livrar bancos do Código de Defesa do Consumidor
Ministério Público adia denúncia contra suspeitos investigados na Xeque-Mate
Depoimento de advogado de jornalista termina em bate-boca com senadores
Escuta aponta corrupção em subprefeitura de São Paulo
Zapping - Alemão boicota Íris na Globo; contrato dela não será renovado
Heloísa Helena chama de ladrão quem enriquece fazendo política
Operação deixa 18 mortos no complexo do Alemão no Rio
Moradores acusam polícia de executar inocentes no complexo do Alemão
Jogador do São Paulo vai processar diretor palmeirense por dizer que ele é homossexual
Seleção perde de 2 a 0 na estréia
O Brasil desanima, deprime, aborrece, cansa, desespera, exaure, esgota, entristece, revolta, angustia, apalerma, enraivece, enlouquece, sufoca, avilta, transtorna, envelhece,adoece, irrita, arde, incomoda, amedronta. O Brasil dói.
Ir embora do Brasil. É isso: ir embora do Brasil!
Ir embora do Brasil? Como? Se você leva a família, os amigos, o time do coração, a tabela do Brasileirão, o cavaco, o cão, o gato, o papagaio, a música, as mulheres, o Sol, o mar, a literatura, a comida, o clima, o conforto do descompromisso antes de mais nada, o vai da valsa, o deixa rolar, o "uma hora a gente vê isso", o "abre as pernas, coração", o abraço apertado, quase obsceno, o clima de cataclismo iminente que nunca virá, já que não temos furacões, maremotos e nem ao menos um mísero terremoto capaz de ser detectado na escala Ritcher. Ritcher? Não fazemos a mais remota idéia de quem é ou de que se trata. Cataclismo? Ir embora? Como, meu rei? Onde quer que você vá o Brasil vai junto. O Brasil é inescapável.
Inescapável? Não é não, Jão!
Vamos embora pra dentro de nós mesmos!
E que ninguém nos acuse de não saber dar um jeitinho pra tudo! Não foi pra isso que nascemos Macunaímas, no fundo da mata virgem, ouvindo o rumorejar do Urariqüera? Então, porra!
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Caos nos aeroportos
Meu pai acaba de me perguntar o que é chiquinho, e agora?
O que é chiquinho? Pedi mais detalhes pra ele.
Aqui em casa tem dessas, a gente tem que adivinhar exatamente o que ele quer saber, pra depois responder.
Aquele negócio que faz no aeroporto, que o povo fica reclamando que demora...
Ah... "check-in".
Pai, é check-in, antes de embarcar tem que conferir a documentação, passagem, despachar bagagem, isto chama check-in.
Ué, mas por que chiquinho, perguntou ele...
Aí eu pensei: "devia perguntar ao Palhares", mas respondi. É uma palavra inglesa, e como brasileiro tem uma auto-estima de bosta e vontade de ser americano, ele copia as coisas de lá...
Depois de alguns minutos eu passo com o barbeador e peço à minha irmã pra raspar minhas costas.
Aí ele me olha e manda de chaleira no pé da trave:
Gente 3X8 igual vc, que fica inventando estas frescuras de chiquinho...
"Punk"
domingo, 24 de junho de 2007
The bride rides again!
Rapaziada,
ontem, sábado, foi o casamento da minha amada, adorada, inteligente, de esquerda e linda filhota, a Miloca.
Cerimônia simples, no civil. Festa simples, almoço em família no casarão imenso da tia dela.
Simples em termos : 60 pessoas da família da mãe da noiva e umas 200 da família do noivo, sendo que umas quarenta vindas de MG, para abrilhantar o momentoso evento nupcial.
Minha família também compareceu inteira: meu irmão, cunhada e sobrinho.
Nós, os Farias, exercemos uma rígida política de controle de natalidade desde o século XVII. Por ideologia. Os Freitas e os Feitosas, nossos ferrenhos adversários políticos desde a Proclamação da República, dizem que "Controle de natalidade de cu é rola! Eles tem é porra fraca mesmo". A pinimba entre os clãs promete se estender pelo século XXI.
Perguntei pra noiva se ela estava aborrecida pelos planos dela de casamento no religioso terem sido frustrados. " Xi, desencana, pai. Tô é feliz! Economizamos uma baita grana e vamos viajar com ela pra Bahia. E quem sabe lá eu até resolvo casar no Candomblé, que é muito mais religioso que a igreja católica".
"A Filha do Raid", anarquia, terror e catarse! estréia em julho nos cinemas da rede CineMark.
ontem, sábado, foi o casamento da minha amada, adorada, inteligente, de esquerda e linda filhota, a Miloca.
Cerimônia simples, no civil. Festa simples, almoço em família no casarão imenso da tia dela.
Simples em termos : 60 pessoas da família da mãe da noiva e umas 200 da família do noivo, sendo que umas quarenta vindas de MG, para abrilhantar o momentoso evento nupcial.
Minha família também compareceu inteira: meu irmão, cunhada e sobrinho.
Nós, os Farias, exercemos uma rígida política de controle de natalidade desde o século XVII. Por ideologia. Os Freitas e os Feitosas, nossos ferrenhos adversários políticos desde a Proclamação da República, dizem que "Controle de natalidade de cu é rola! Eles tem é porra fraca mesmo". A pinimba entre os clãs promete se estender pelo século XXI.
Perguntei pra noiva se ela estava aborrecida pelos planos dela de casamento no religioso terem sido frustrados. " Xi, desencana, pai. Tô é feliz! Economizamos uma baita grana e vamos viajar com ela pra Bahia. E quem sabe lá eu até resolvo casar no Candomblé, que é muito mais religioso que a igreja católica".
"A Filha do Raid", anarquia, terror e catarse! estréia em julho nos cinemas da rede CineMark.
sábado, 23 de junho de 2007
23/06/2007 - 07h44Garçom é assassinado por punks no Jardins, em SP
São Paulo - Um jovem de 19 anos foi assassinado ontem à noite por um grupo de punks na região do Jardins, área nobre de São Paulo. Ao terminar o trabalho de garçom no Café Armani, por volta das 20 horas, John Clayton Moreira Batista foi com um casal de amigos ao bar Morro Branco, também conhecido por Amarelinho, na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Lorena.
Por volta das 21h30, punks começaram a agredir os clientes que estavam nas mesas externas da casa, atirando garrafas de vidro. Perseguido por dois integrantes do bando, John se refugiou no interior do bar, mas foi alcançado e acabou sendo esfaqueado no peito. Ele morreu ao chegar no Hospital das Clínicas. Policiais do batalhão da região (7º BPMM) prenderam cinco rapazes e duas garotas.
AE
Fonte: UOL.
Senhoras e senhores, saio da Seleçônia e venho ao Brasil para fazer uma breve reflexão sobre a violência.
Se já é difícil aceitar porque diabos judeus e árabes se matam initerruptamente ao longo do tempo ou porque na periferia das cidades a violência cresce de mãos dadas com a miséria, pior ainda é engolir o tipo de violência acima, a gratuita. Skin-heads, estes supostos punks (até acho estranho o ocorrido pois sempre tive a idéia dos punks serem pacíficos), torcidas, ou gangues, organizadas disseminam o ódio e a violência como quem masca um chiclete e pior, contra aqueles que nada fizeram e pouco têm como se defender. Sem dúvida, a maneira covarde como estes grupos agem os torna ainda mais asquerosos.
Qual seria então a causa que levaria estes muitas vezes bem-nascidos jovens a praticar tais atos? A estúpida natureza humana? O fruto de uma educação excessivamente liberal e a total perda da noção de limites?
Difícil responder, e sinceramente pouco importa, se existe algo que pode dar a esses animais o que não foi recebido de berço, esse algo é punição severa.
Punição severa sim senhor!
Imaginem um destes skin-heads que odeiam homossexuais passando sua primeira noite de amor com outros quinze presos em uma belíssima cela nupcial.
A discussão primordial não filosófica, é prática.
Não basta só melhorar a segurança pública, o nosso famigerado Poder Judiciário precisa parar de tratar marginais monstruosos como ladrões de sabonete. Benefícios, só para quem cometeu delitos leves, não tem cabimento um animal que mata por por matar ter redução de pena por bom comportamento...etc...etc.
São Paulo - Um jovem de 19 anos foi assassinado ontem à noite por um grupo de punks na região do Jardins, área nobre de São Paulo. Ao terminar o trabalho de garçom no Café Armani, por volta das 20 horas, John Clayton Moreira Batista foi com um casal de amigos ao bar Morro Branco, também conhecido por Amarelinho, na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Lorena.
Por volta das 21h30, punks começaram a agredir os clientes que estavam nas mesas externas da casa, atirando garrafas de vidro. Perseguido por dois integrantes do bando, John se refugiou no interior do bar, mas foi alcançado e acabou sendo esfaqueado no peito. Ele morreu ao chegar no Hospital das Clínicas. Policiais do batalhão da região (7º BPMM) prenderam cinco rapazes e duas garotas.
AE
Fonte: UOL.
Senhoras e senhores, saio da Seleçônia e venho ao Brasil para fazer uma breve reflexão sobre a violência.
Se já é difícil aceitar porque diabos judeus e árabes se matam initerruptamente ao longo do tempo ou porque na periferia das cidades a violência cresce de mãos dadas com a miséria, pior ainda é engolir o tipo de violência acima, a gratuita. Skin-heads, estes supostos punks (até acho estranho o ocorrido pois sempre tive a idéia dos punks serem pacíficos), torcidas, ou gangues, organizadas disseminam o ódio e a violência como quem masca um chiclete e pior, contra aqueles que nada fizeram e pouco têm como se defender. Sem dúvida, a maneira covarde como estes grupos agem os torna ainda mais asquerosos.
Qual seria então a causa que levaria estes muitas vezes bem-nascidos jovens a praticar tais atos? A estúpida natureza humana? O fruto de uma educação excessivamente liberal e a total perda da noção de limites?
Difícil responder, e sinceramente pouco importa, se existe algo que pode dar a esses animais o que não foi recebido de berço, esse algo é punição severa.
Punição severa sim senhor!
Imaginem um destes skin-heads que odeiam homossexuais passando sua primeira noite de amor com outros quinze presos em uma belíssima cela nupcial.
A discussão primordial não filosófica, é prática.
Não basta só melhorar a segurança pública, o nosso famigerado Poder Judiciário precisa parar de tratar marginais monstruosos como ladrões de sabonete. Benefícios, só para quem cometeu delitos leves, não tem cabimento um animal que mata por por matar ter redução de pena por bom comportamento...etc...etc.
Sem mais, subscreveo-me.
Wayne Cooper
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Périplo
Marciete,
dei de ler sabe o que? Poemas de Augusto dos Anjos.
Veja você, Marciete: eu lendo Augusto dos Anjos!
Estou em Belém, morando provisóriamente numa favela com um casal de amigos que conheci em Catolé do Rocha, Paraíba.
Ela chama Ednalva, mas o nome mesmo é Rosemildo da Cruz. Ele é travesti, mas não gosta que fala travesti. Diz que é uma mulé dama igual as outras, a única diferença é ela que tem uma mangaba pendurada.
Ednalva mora com Sebastião, que é um mulato de dois metros de altura, pesa uns cento e trinta quilos, tem um olho azul e outro verde e tá sempre com um facão imenso na cinta e diz o povo que já decepou mais de dez cabeças. Ednalva fala que não é bem assim, que foram só uma três ou quatro mas o povo gosta de aumentar tudo porque não tem o que fazer. O casal vende ervas medicinais, maconha e ayuasca.
Os dois gostam de mim e eu gosto deles. Passamos as noites bebendo muita cachaça e comendo peixe e siri numa birosca dos alagados. Enquanto bebo oito ou dez doses Sebastião já entornou uma garrafas pelo gargalo. Ednalva não bebe e nem fuma. É espiritualista, budista, católica, evangélica e filha de babalaô. Tudo ao mesmo tempo. Diz que não é porque é quenga do mangue que vai dar mole pro Coisa Ruim.
Dia desses, madrugada já, assim sem mais nem menos, virado na cachaça, eu recitei um trecho do Manifesto Comunista e depois um poema do Augusto dos Anjos pra eles lá na birosca. Quando terminei, Sebastião ficou me olhando fixamente por uns vinte segundos e de repente desatou num choro convulsivo, ajoelhou, beijou meus pés, beijou Ednalva na boca, entornou mais meia garrafa de cana pelo gargalo num gole só, partiu uma mesa em duas com um golpe de facão e foi embora.
Ednalva me disse que Sebastião é assim mesmo, sentimental, mas só quando bebe.
Amanhã pego carona num caminhão até Santarém. De lá vou de barco até Manaus. Pego outra barca e desço o Rio Madeira. Em Rondônia cruzo a fronteira com o Peru e vou em lombo de burro até Quillabamba, onde tem uma revolução começando. Diz que vão precisar de botas, fardas e capacetes. Mando a lista e você compra na Avenida Tiradentes aí em São Paulo e me manda pra agência dos correios em Porto Velho. Dá pra garantir uns três, quatro mil de lucro.
A guerra, qualquer uma, é um grande negócio pra quem tem muito faro empresarial e nenhum escrúpulo.
Não foi à toa, minha flor, que li tanto Bertold Brecht. Sabia que uma hora ia acabar entendendo.
Saudades. Cornucópia de paixões, veias abertas da América Latina, Libertadores da América, golaço de fora da área, suas coxas generosas, seu riso fácil em fá maior, sua cara de mulher. Te amo de um jeito que nem sei.
Do sempre, sempre teu
Erasmo.
dei de ler sabe o que? Poemas de Augusto dos Anjos.
Veja você, Marciete: eu lendo Augusto dos Anjos!
Estou em Belém, morando provisóriamente numa favela com um casal de amigos que conheci em Catolé do Rocha, Paraíba.
Ela chama Ednalva, mas o nome mesmo é Rosemildo da Cruz. Ele é travesti, mas não gosta que fala travesti. Diz que é uma mulé dama igual as outras, a única diferença é ela que tem uma mangaba pendurada.
Ednalva mora com Sebastião, que é um mulato de dois metros de altura, pesa uns cento e trinta quilos, tem um olho azul e outro verde e tá sempre com um facão imenso na cinta e diz o povo que já decepou mais de dez cabeças. Ednalva fala que não é bem assim, que foram só uma três ou quatro mas o povo gosta de aumentar tudo porque não tem o que fazer. O casal vende ervas medicinais, maconha e ayuasca.
Os dois gostam de mim e eu gosto deles. Passamos as noites bebendo muita cachaça e comendo peixe e siri numa birosca dos alagados. Enquanto bebo oito ou dez doses Sebastião já entornou uma garrafas pelo gargalo. Ednalva não bebe e nem fuma. É espiritualista, budista, católica, evangélica e filha de babalaô. Tudo ao mesmo tempo. Diz que não é porque é quenga do mangue que vai dar mole pro Coisa Ruim.
Dia desses, madrugada já, assim sem mais nem menos, virado na cachaça, eu recitei um trecho do Manifesto Comunista e depois um poema do Augusto dos Anjos pra eles lá na birosca. Quando terminei, Sebastião ficou me olhando fixamente por uns vinte segundos e de repente desatou num choro convulsivo, ajoelhou, beijou meus pés, beijou Ednalva na boca, entornou mais meia garrafa de cana pelo gargalo num gole só, partiu uma mesa em duas com um golpe de facão e foi embora.
Ednalva me disse que Sebastião é assim mesmo, sentimental, mas só quando bebe.
Amanhã pego carona num caminhão até Santarém. De lá vou de barco até Manaus. Pego outra barca e desço o Rio Madeira. Em Rondônia cruzo a fronteira com o Peru e vou em lombo de burro até Quillabamba, onde tem uma revolução começando. Diz que vão precisar de botas, fardas e capacetes. Mando a lista e você compra na Avenida Tiradentes aí em São Paulo e me manda pra agência dos correios em Porto Velho. Dá pra garantir uns três, quatro mil de lucro.
A guerra, qualquer uma, é um grande negócio pra quem tem muito faro empresarial e nenhum escrúpulo.
Não foi à toa, minha flor, que li tanto Bertold Brecht. Sabia que uma hora ia acabar entendendo.
Saudades. Cornucópia de paixões, veias abertas da América Latina, Libertadores da América, golaço de fora da área, suas coxas generosas, seu riso fácil em fá maior, sua cara de mulher. Te amo de um jeito que nem sei.
Do sempre, sempre teu
Erasmo.
Contagem regressiva
Hoje, 21 de junho, comemora-se o aniversário de 37 anos da conquista do tricampeonato mundial no México pelo time do Zagallo. Alô, alô, Zagallo! "Aquele abração" tem 13 letras.
Hoje também é Dia do Mídia, esse profissional tão importante nas agências de propaganda.
21 de junho marca ainda que faltam 13 dias para 4 de julho, aniversário da Independência dos Estados Unidos.
E dos 30 anos do Teotônio, que continua morando com os pais. Que coisa, hein?
Hoje também é Dia do Mídia, esse profissional tão importante nas agências de propaganda.
21 de junho marca ainda que faltam 13 dias para 4 de julho, aniversário da Independência dos Estados Unidos.
E dos 30 anos do Teotônio, que continua morando com os pais. Que coisa, hein?
terça-feira, 19 de junho de 2007
Seleçônia
Senhoras e senhores!!!!
Inicio hoje uma série de pequenos relatos sobre a Seleçônia. Trata-se de um país localizado no continente Depauperésia do Sul.
Neste país, uma democracia reconhecida pelos gestores planetários da EUA (entretenimento, uruca e armas), há um Congresso Nacional, neste Congresso há um Senado, que é presidido pelo nobre senador Hernan Caralheiros.
Acontece que o pessoal da Seleçônia tá pegando pesado com o pobre Caralheiros, só porque um tal lobista de uma tal construtora andou levando uma grana para uma tal mãe solteria de um certo filho de um certo senador.
Levando em consideração que todos os habitantes da seleçônia não possuem braços, exceto um certo lobista, e que não existem bancos em tal nação, está totalmente explicado porque esta era a única maneira de transportar estes trocadinhos. Não há o quê contestar!!
Hã? Quem pagou os trocadinhos? O povo da seleçônia! Pra que grana, se eles nem tem braços???
Ass Wayne Cooper - Alguém pode me passar as batatas?
Inicio hoje uma série de pequenos relatos sobre a Seleçônia. Trata-se de um país localizado no continente Depauperésia do Sul.
Neste país, uma democracia reconhecida pelos gestores planetários da EUA (entretenimento, uruca e armas), há um Congresso Nacional, neste Congresso há um Senado, que é presidido pelo nobre senador Hernan Caralheiros.
Acontece que o pessoal da Seleçônia tá pegando pesado com o pobre Caralheiros, só porque um tal lobista de uma tal construtora andou levando uma grana para uma tal mãe solteria de um certo filho de um certo senador.
Levando em consideração que todos os habitantes da seleçônia não possuem braços, exceto um certo lobista, e que não existem bancos em tal nação, está totalmente explicado porque esta era a única maneira de transportar estes trocadinhos. Não há o quê contestar!!
Hã? Quem pagou os trocadinhos? O povo da seleçônia! Pra que grana, se eles nem tem braços???
Ass Wayne Cooper - Alguém pode me passar as batatas?
sábado, 16 de junho de 2007
No dia mais claro, na noite mais densa
Levando em consideração que ir para o apartamento dela correspondia a me arriscar a encontrar um mestre capoeirista de 90 kg, talvez bêbado e com certeza furioso, arrisquei:
- E se a gente fosse dormir em algum outro lugar?
- Pode ser. Tem um hotel ali perto do antigo Jive. Não é podreira.
Não perguntei como ela conhecia um hotel perto do antigo Jive, lugar que eu apresentei a ela e onde ela passou a ir sempre sozinha depois da gente terminar.
Moral: há momentos em que a prova mais iluminada de sabedoria é manter a si próprio na mais negra ignorância.
Chegando ao Nova Angélica, no trecho Barra Funda da Avenida, quase na esquina com a São João, percebi algo familiar. A pintura, a recepção, a decoração da entrada, o guichê, tudo não deixava dúvida sobre uma coisa: o Nova Angélica e o Paris, o hotel ao lado da Trash, são dos mesmos donos. Surpreso, cheguei a abrir a boca para comentar isso, mas achei melhor deixar pra lá.
Moral: há momentos em que a prova mais iluminada de sabedoria é manter os outros na mais negra ignorância.
- E se a gente fosse dormir em algum outro lugar?
- Pode ser. Tem um hotel ali perto do antigo Jive. Não é podreira.
Não perguntei como ela conhecia um hotel perto do antigo Jive, lugar que eu apresentei a ela e onde ela passou a ir sempre sozinha depois da gente terminar.
Moral: há momentos em que a prova mais iluminada de sabedoria é manter a si próprio na mais negra ignorância.
Chegando ao Nova Angélica, no trecho Barra Funda da Avenida, quase na esquina com a São João, percebi algo familiar. A pintura, a recepção, a decoração da entrada, o guichê, tudo não deixava dúvida sobre uma coisa: o Nova Angélica e o Paris, o hotel ao lado da Trash, são dos mesmos donos. Surpreso, cheguei a abrir a boca para comentar isso, mas achei melhor deixar pra lá.
Moral: há momentos em que a prova mais iluminada de sabedoria é manter os outros na mais negra ignorância.
Carta ao Guia da Folha
Senhor editor,
Sábado fui com minha namorada e amigos comemorar meu aniversário no restaurante/danceteria The Frege, nos Jardins. Na condição de aniversariante, recebi da direção da casa um convite Vip.
Chegamos por volta das 22 hs. Havia 1.500 pesoas na fila. A hostess do The Frege garantiu que todos entrariam apesar da capacidade da casa ser de 45 pessoas.
Às três horas da madrugada já haviam entrado 1.495 pessoas. Ficamos apenas eu, minha namorada e nossos três amigos para fora. Minha namorada foi reclamar com o segurança e ele, numa demonstração incrível de despreparo para a função, virou-se para ela e a mandou tomar no cu. Chovia.
Às 3:45 hs entramos. A multidão espremida dentro da casa não nos permitia chegar à nossa mesa. Falei com o gerente. Ele chamou três verdadeiros gorilas e em seguida perguntou onde era nossa mesa. Disse-lhe que era a mesa 12, próxima à pista. A um sinal do gerente os três gorilas me pegaram pelos braços e pelas pernas e me arremessaram por cima da multidão em direção à mesa 12. Em seguida arremessaram minha namorada e meus amigos. Louve-se aqui a pontaria dos gorilas. Minha namorada reclamou com o garçom. Ele a mandou tomar no cu.
Às 4:50 hs. fizemos nosso pedido: lula à provençal, tiras de filé de cordeiro flambadas au cognac e posta de salmão au vin de la recherch. Para beber, cerveja Achtung alemã, suco de framboesa com menta e suco de nabo com hortelã. Exatamente uma hora depois recebemos o nosso pedido: cinco esfihas de queijo, um litro de guaraná Convenção sem gelo e um copo descartável.
Decidimos dançar. Usamos o único espaço disponível para isso: sentados em nossas cadeiras junto às outras 16 pessoas que dividiam a mesa e as cadeiras conosco. O eclético grupo de pagode-funk-axé tocava sobre um caminhão de trio elétrico equipado com 15.000 watts de som.
Às 5:55 hs, resolvemos ir embora. Pedimos a conta. Os gorilas nos arremessaram em direção do caixa. Total: R$ 938,37. Não aceitavam cheque nem cartão. "Aqui é só no cash, mané", me disse a senhorita do caixa. Fomos obrigados a devolver o casco do Guaraná Convenção. Nossos carros foram depenados no estacionamento da casa.
Junto à saída uma freirinha pedia donativos para uma casa de amparo à velhice. Minha namorada contribuiu com dois reais. A freirinha a mandou tomar no cu.
Sabemos que o The Frege é a casa da moda em SP. Mas estamos decepcionados. Não pretendemos voltar tão cedo lá.
Resposta do proprietário do The Frege:
Lamentamos o ocorrido com a freira. Esclarecemos que ela não faz parte da nossa equipe. Tomamos todas as providências para que o ocorrido não se repita. Agradecemos o elogio à pontaria de nossos arremessadores e convidamos o cliente a retornar a nossa casa. Segue um convite Vip para o próximo sábado.
Reinaldo Azevedo bem na foto
"É isso aí. Lamarca, um desertor e assassino, recebe uma promoção depois de morto, e a pensão à viúva corresponde ao soldo de general."
Deu no órgão oficial da extrema-direita brasileira desta semana, a "Veja". Pelo que parece, os caras cozinharam um post do blog do tal de Reinaldo Azevedo. Sabe que quando eu trabalhei numa campanha do PT ele escreveu meu nome no site da Primeira Leitura, onde ele trabalhava? Deu a impressão que era algo do tipo "Vou mostrar ao mercado o nome desses comunas imundos pra que eles nunca mais arrumem emprego".
Não deixou de ser pitoresco.
Horóscopo de hoje
Áries (21 de mar. a 20 de abr.)
Enquanto durar o período de tensão astral é melhor você não sair de casa nessa semana. Arranje um atestado médico para apresentar no trabalho. Beba bastante chá de losna sem açúcar ouvindo os discos do Zeca Baleiro. Aproveite e leia todos os livros do José Sarney. Semana propícia para seu crescimento espiritual.
Touro (21 de abr. a 20 de mai.)
Não existe um mês chamado "mai.". Verifique sua certidão de nascimento e volte a nos procurar.
Gêmeos (21 de mai. a 20 de jun.)
Interessante... a trajetória de Vênus e Mercúrio indicam um grave acidente com você. Pode estar errado devido a intensa nebulosidade astral. Não!... Peraí!... A imagem está voltando!... Muito chuvisco... Mas dá pra ver alguma coisa... Realmente é um acidente... Com vários carros pegando fogo e sendo metralhados por assaltantes... Mas não dá pra ver direito se um dos trinta caras caídos no asfalto é você realmente... Faremos contato. Aguarde.
Câncer (21 de jun. a 21 de jul.)
A ansiedade, a depressão, o saldo devedor no banco, as dívidas acumuladas, os oficiais de justiça na sua porta e a retomada do seu carro pela revendedora são fatos sem importância e banais que o impedem de ver o quanto você é feliz. Vivencie o lado bom das coisas e verás o quanto as pequenas adversidades podem ser enriquecedoras. A propósito: seu cheque voltou.
Leão (22 de jul. a 22 de ago.)
Se você escalar o Robinho mais adiantado, liberar o Domingos para fazer a função de líbero avançado e mantiver o Elano mais a frente da zaga, pode buscar um resultado positivo no próximo jogo. Se for jogar pelo empate e perder, vão te chamar de burro.
Virgem ( 23 de ago. a 22 de set.)
Período confuso. Júpiter não tem aparecido. Plutão e Saturno ficaram de ligar e sumiram. Capricórnio na terceira casa de Libra demonstra absoluta indiferença à sua pessoa. Verificamos e a sua presença não consta do mapa astral. Netuno, quando perguntado sobre você, disse não saber de quem se tratava. Não que você não tenha importância nenhuma. Não é isso. Pode ser um engano que iremos verificar em nossos arquivos. Deixa seu telefone de contato que, assim que possível, a gente liga.
Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes
Favor comparecer à Sede Astral com a máxima urgência para quitar débitos anteriores.
Enquanto durar o período de tensão astral é melhor você não sair de casa nessa semana. Arranje um atestado médico para apresentar no trabalho. Beba bastante chá de losna sem açúcar ouvindo os discos do Zeca Baleiro. Aproveite e leia todos os livros do José Sarney. Semana propícia para seu crescimento espiritual.
Touro (21 de abr. a 20 de mai.)
Não existe um mês chamado "mai.". Verifique sua certidão de nascimento e volte a nos procurar.
Gêmeos (21 de mai. a 20 de jun.)
Interessante... a trajetória de Vênus e Mercúrio indicam um grave acidente com você. Pode estar errado devido a intensa nebulosidade astral. Não!... Peraí!... A imagem está voltando!... Muito chuvisco... Mas dá pra ver alguma coisa... Realmente é um acidente... Com vários carros pegando fogo e sendo metralhados por assaltantes... Mas não dá pra ver direito se um dos trinta caras caídos no asfalto é você realmente... Faremos contato. Aguarde.
Câncer (21 de jun. a 21 de jul.)
A ansiedade, a depressão, o saldo devedor no banco, as dívidas acumuladas, os oficiais de justiça na sua porta e a retomada do seu carro pela revendedora são fatos sem importância e banais que o impedem de ver o quanto você é feliz. Vivencie o lado bom das coisas e verás o quanto as pequenas adversidades podem ser enriquecedoras. A propósito: seu cheque voltou.
Leão (22 de jul. a 22 de ago.)
Se você escalar o Robinho mais adiantado, liberar o Domingos para fazer a função de líbero avançado e mantiver o Elano mais a frente da zaga, pode buscar um resultado positivo no próximo jogo. Se for jogar pelo empate e perder, vão te chamar de burro.
Virgem ( 23 de ago. a 22 de set.)
Período confuso. Júpiter não tem aparecido. Plutão e Saturno ficaram de ligar e sumiram. Capricórnio na terceira casa de Libra demonstra absoluta indiferença à sua pessoa. Verificamos e a sua presença não consta do mapa astral. Netuno, quando perguntado sobre você, disse não saber de quem se tratava. Não que você não tenha importância nenhuma. Não é isso. Pode ser um engano que iremos verificar em nossos arquivos. Deixa seu telefone de contato que, assim que possível, a gente liga.
Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes
Favor comparecer à Sede Astral com a máxima urgência para quitar débitos anteriores.
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