Em um Brasil que a boa educação sempre foi privilégio de poucos e muitas vezes manipulada, é possível medir inteligência a partir de níveis de escolaridade?
É seguro dizer que o menino sabe ler porque está na oitava série do ensino fundamental?
Os participantes irão discorrer sobre a seguinte citação feita em trecho de uma peça montada recentemente no teatro Parlapatões, situado a praça Roosevelt, sei lá que número:
"Um vendedor de pastilhas adentra o ônibus e diz que não estudou "porque inteligência não dá dinheiro, veja os usineiros, o Congresso, o presidente"."
Cada participante tem direito a escrever uma só vez, e não encher o saco do Mediador que sou eu mesmo!
Com a palavra o Sr Demétrio Médio, especialista em ciências políticas, mestre em contemporização de contrastes ideológicos.
Pelo que dizem parece uma boa idéia mal executada (mas só vendo pra ter certeza). Mas esse tipo de piada é exatamente o tipo de crítica que eu detesto, pois não tem nada a ver com os problemas que o governo tem.
Obrigado, Sr Demétrio
Agora com a palavra o Sr Mala Palhares, doutor em sexualidade de moradores solitários do centro da cidade, e pós-graduado em palavras de efeito de outro idioma usadas por grandes profissionais do meio corporativo, tais como feeling, feedback, brainstorm, entre outras. Mala Palhares estuda um termo em inglês para substituir a difundida reengenharia, que pra ele é muito pobre, ui:
O que é foda é que o Lula não ter estudado quando jovem é uma coisa, mas não ter estudado depois o transformou numa imensa vidraça (até a grande Tia Erunda diz algo mais ou menos assim. Vide uma das últimas Caros Amigos).
Fora que fica parecendo que ou ele não estudou por teimosia do tipo "tão vendo? Não estudei e mesmo assim cheguei lá" ou por tosquice como estilo de vida. E dar um exemplo desses é péssimo, ainda mais na posição de presidente.
Agora, é foda isso que você apontou. O pai da Etcétera, malufista que nem os amigos do Malufina, do Malufola e do Maluffei, ficava falando esse tipo de merda "que o Lula é cachaceiro" blablablá. Eu falei pra ela o seguinte: que eu tenha ficado sabendo na época da campanha, o Lula tinha ido um tempinho antes pra um restaurante com a Marisa e um dos filhos. Tinha tomado todas e quando os três saíram tavam tão balões que não lembravam onde tinham estacionado o carro e voltaram de carona com alguém. Só que tanto eu quanto ela quanto todo mundo aqui (FF à parte, esse abstêmio do inferno) bebe semanalmente, já fez coisas bem piores e não deixamos de ser bons profissionais, bons pais, bons irmãos etc. Só que rola a cobrança em cima do cara por preconceito.
Só que ao mesmo tempo que tem preconceito, tem cobrança por essa questão de exemplo. Me incomodou outro dia quando ele disse que "o governo tem que entrar na favela e competir com o crime organizado". Nem repercutiu tanto, mas achei foda. Se ele acha (com razão) um absurdo ter sido vaiado pelo Maracanã cheio de burgueses que pagaram aquela grana toda pelo ingresso, pois o público não respeitou a instituição do Presidente da República, ele também tem que pensar que a instituição Estado não tem que competir com ninguém. Tem que entrar na favela urbanizá-la, arrancar aqueles safados de lá e metê-los na cadeia. Não importa se eu, MP, estou no boteco e acho exatamente a mesma coisa que ele disse. Ele, como Presidente, não pode falar isso.
Ou seja: é complicado pra cacete e em muitos momentos uma tarefa ingrata. Mas foi ele que resolveu se candidatar, então ele que segure a onda. A piada é horrível e burra, mas foi ele que escolheu ser essa vidraçona.
Quanto aos Parlapatões, eles não deveriam fazer essa piada pois foi graças à política "aos amigos tudo, aos inimigos uma banana" do Celso Frateschi que
eles se descolaram na Roosevelt. Quanta ingratidão!
Fora que fica parecendo que ou ele não estudou por teimosia do tipo "tão vendo? Não estudei e mesmo assim cheguei lá" ou por tosquice como estilo de vida. E dar um exemplo desses é péssimo, ainda mais na posição de presidente.
Agora, é foda isso que você apontou. O pai da Etcétera, malufista que nem os amigos do Malufina, do Malufola e do Maluffei, ficava falando esse tipo de merda "que o Lula é cachaceiro" blablablá. Eu falei pra ela o seguinte: que eu tenha ficado sabendo na época da campanha, o Lula tinha ido um tempinho antes pra um restaurante com a Marisa e um dos filhos. Tinha tomado todas e quando os três saíram tavam tão balões que não lembravam onde tinham estacionado o carro e voltaram de carona com alguém. Só que tanto eu quanto ela quanto todo mundo aqui (FF à parte, esse abstêmio do inferno) bebe semanalmente, já fez coisas bem piores e não deixamos de ser bons profissionais, bons pais, bons irmãos etc. Só que rola a cobrança em cima do cara por preconceito.
Só que ao mesmo tempo que tem preconceito, tem cobrança por essa questão de exemplo. Me incomodou outro dia quando ele disse que "o governo tem que entrar na favela e competir com o crime organizado". Nem repercutiu tanto, mas achei foda. Se ele acha (com razão) um absurdo ter sido vaiado pelo Maracanã cheio de burgueses que pagaram aquela grana toda pelo ingresso, pois o público não respeitou a instituição do Presidente da República, ele também tem que pensar que a instituição Estado não tem que competir com ninguém. Tem que entrar na favela urbanizá-la, arrancar aqueles safados de lá e metê-los na cadeia. Não importa se eu, MP, estou no boteco e acho exatamente a mesma coisa que ele disse. Ele, como Presidente, não pode falar isso.
Ou seja: é complicado pra cacete e em muitos momentos uma tarefa ingrata. Mas foi ele que resolveu se candidatar, então ele que segure a onda. A piada é horrível e burra, mas foi ele que escolheu ser essa vidraçona.
Quanto aos Parlapatões, eles não deveriam fazer essa piada pois foi graças à política "aos amigos tudo, aos inimigos uma banana" do Celso Frateschi que
eles se descolaram na Roosevelt. Quanta ingratidão!
Agora passo a palavra ao Dr Nerso Muqueta, reitor presidente da Fateo (Faculdade de Teologia) da praça Roosevelt, Dr Nerso é conhecido pela sua simpatia e pelo seu tom sempre cordial com que costuma tratar uma conversa.
Sim, mas digamos que o Lula tivesse estudado. Isso iria impedir os Parlapatões de fazer aquelas peças de vaudeville eca/uspiniano, chupadas descaradamente do Karl Valentin ( Google.com) e que só as genitoras deles acham graça, mas que por outro lado dá pra descolar todo ano uma grana sentida da prefeitura (grana dos cofres públicos, sim?) e ainda por cima comer uma penca de fanzuecas bundudinhas? Creio que não. Tenho certeza que não. Já o FHC estudou pra cacête, tem uns dez diplomas, é professor da USP, da Sorbone e diz que nunca brochou. Estudou, se elegeu presidente, rifou todas as empresas estatais do país e a grana até hoje ninguém sabe, ninguém viu, tascou um bilhão de dólares dos cofres públicos para salvar da degola seus cupinchas banqueiros, não criou nem uma mísera universidade em oito anos, botou o risco-país na casa do 3.000 pontos, causou um blecaute que botou o país inteiro sem energia elétrica por quase dois anos, deixou uma taxa de juros beirando os 30%, uma taxa de desemprego recorde na história do bananão, abafou, sabe-se lá a que custo, perto de duzentas CPIs contra o seu governo, fechou todos os anos do seu governo com a balança comercial deficitária, chamou os aposentados do INSS de vagabundos, falou que era mulatinho e tinha um pé na cozinha, que queimou fumo mas não tragou, botou o exército brasileiro pra tomar conta do latifúndio dele, fechou oito anos de crescimento econômico zero, viajou mais que todos os presidentes da República bananífera juntos, exerceu uma liderança política medíocre e desastrosa ao ponto de afundar eleitoralmente o partido político dele, mergulhado numa crise institucional sem saída aparente. Vai ser diplomado e inteligente assim na PQP! Mas o cara estudou, pombas! Tem uma baita coleção de diplomas! E quem estuda é inteligente, segundo a lógica metafísica dos Astragons do Sumaré. Banco de escola não "dá" inteligencia a ninguém. Dá diploma. Diploma não é certificado de inteligência. Inteligencia é uma outra praia, ali por perto de Peruíbe, Itanhaém. Mesmo assim o Lula me dá no saco, às vezes. Sério. Mas a burrice, como intituição, me dá muito mais. E daí? Daí que nem por isso o pão ficou mais barato, diria o bardo alemão.
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