quinta-feira, 28 de junho de 2007

Num único, pacato e bucólico dia na Mídia :




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O Brasil desanima, deprime, aborrece, cansa, desespera, exaure, esgota, entristece, revolta, angustia, apalerma, enraivece, enlouquece, sufoca, avilta, transtorna, envelhece,adoece, irrita, arde, incomoda, amedronta. O Brasil dói.

Ir embora do Brasil. É isso: ir embora do Brasil!

Ir embora do Brasil? Como? Se você leva a família, os amigos, o time do coração, a tabela do Brasileirão, o cavaco, o cão, o gato, o papagaio, a música, as mulheres, o Sol, o mar, a literatura, a comida, o clima, o conforto do descompromisso antes de mais nada, o vai da valsa, o deixa rolar, o "uma hora a gente vê isso", o "abre as pernas, coração", o abraço apertado, quase obsceno, o clima de cataclismo iminente que nunca virá, já que não temos furacões, maremotos e nem ao menos um mísero terremoto capaz de ser detectado na escala Ritcher. Ritcher? Não fazemos a mais remota idéia de quem é ou de que se trata. Cataclismo? Ir embora? Como, meu rei? Onde quer que você vá o Brasil vai junto. O Brasil é inescapável.

Inescapável? Não é não, Jão!

Vamos embora pra dentro de nós mesmos!

E que ninguém nos acuse de não saber dar um jeitinho pra tudo! Não foi pra isso que nascemos Macunaímas, no fundo da mata virgem, ouvindo o rumorejar do Urariqüera? Então, porra!

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