quarta-feira, 4 de julho de 2007

O gol é apenas um detalhe - A saga continua.



O Wayne Cooper me perguntou lá no boteco dos Satyros se eu ainda achava alguma graça em torcer pela seleção. Não, não acho. Ele também não.

Preferimos nossos times. Seleção pra nós só o glorioso esquadrão do Marraquesh Setentrional, onde nossos primos Al-Rahid, Alli-Boffei e nosso sobrinho Arthurzinho El-Muchidd formam o mais temido trio de zaga do Oriente Médio e nossa veneranda Tia Jadhira é treinadora vitalícia.

Então porque catso perco meu tempo vendo jogos da Copa América e me remoendo de raiva assistindo a mediocridade se arrastar no campo e ouvindo na tv o bestialógico inesgotável da dupla Galvão/Falcão?

Aí leio a coluna do Juca Kfouri logo após o jogo Brasil x Equador. E pago um pau. Até postei mensagem no blog do cara elogiando. Veja você, Palhares: eu, o velho e alquebrado Muqueta postando mensagens elogiosas em blog alheio. Que falta faz a serotonina!

Mas vê aí se não ficou legal mesmo a análise Kfouriana. Humor é arma poderosa contra a mediocridade.


O importante é a classificação!


Dunga fez tudo certo.

Se a seleção da CBF poderia perder até por dois gols de diferença do fortíssimo Equador, por que arriscar?

E escalou seu quarteto mágico com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista.Houve quem chamasse de quarteto trágico, por puro despeito.

E o time deu conta do recado.

O insinuante atacante equatoriano só teve duas chances de gol e assim mesmo uma delas graças a uma rara saída infeliz do grande Doni, dono absoluto da camisa 1, embora a dele seja, por descuido, a 12.

Também a seleção da CBF teve chances de gol, com Vagner Love (duas vezes), Robinho e Julio Baptista.O que interessava, no entanto, acontecia: 0 a 0 no primeiro tempo!

E não me venham com essa história de que o Equador perdeu para o Chile e para o México, porque cada jogo tem sua história, ora bolas!

E tanto isso é verdade que Telê Santana, digo, Dunga, voltou para o segundo tempo com o mesmo time, porque felizmente tinha deixado Diego e Anderson, que pensam que futebol é arte, no banco, depois de tirá-los nos intervalos das partidas diante de México e Chile.

O esquema deu tão certo que o segundo tempo começou no mesmo diapasão.

Pena que Robinho tratou de quebrar a magia, ao pedalar na frente de um equatoriano, que o segurou, e o árbitro marcou pênalti.

O próprio Robinho bateu e fez 1 a 0, o que, rigorosamente, não precisava.

Aliás, ele marcou seu quarto gol na Copa América, o quarto da seleção.

Só que sábado começa o mata-mata e talvez o banco seja um bom lugar para ele.

Porque não podemos correr riscos.

E vamos pegar o exuberante Chile que, como se sabe, joga com duas linhas de quatro.

Um perigo!

NotasDunga, o comandante deve vir na frente. E você vai ter de engoli-lo: 10

Doni, sinônimo de segurança: 9

Daniel Alves, o novo Carlos Alberto Torres: 8

Alex Silva, só não é melhor, na zaga do São Paulo, do que Miranda: 7

Alex, fez um pênalti bobo: 7

Juan, não deu um pontapé e não deixou Diego entrar no lugar de Julio Baptista porque havia uma escanteio: 4

Gilberto, tão bom como Nilton Santos: 8

Kléber entrou e tem talento demais para jogar neste time: 6

Gilberto Silva, não deixa sentir saudades de Paulo Roberto Falcão: 7

Mineiro, como um Zito: 7

Josué, Didi redivivo: 7

Julio Baptista, bestas somos nós: 8

Diego entrou apenas para comprovar que nosso grande Dunga não é rancoroso: 4

Robinho, só firulas e um gol (argh!): 3

Vagner Love, quase fez dois gols: 5

Comportamento da torcida venezuelana que vaiou o tempo inteiro porque entende é de beisebol: zero

Condições do gramado: não provei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei bem legal, tratar a seleção do Equador como se ela fosse o poderosíssimo São Paulo Futebol Clube, não pode!